Noblat avalia que Henrique foi o único Ministro do PMDB que se comportou com dignidade
Por Ricardo Noblat, em O Globo:
Tudo havia sido combinado antes pela direção do PMDB com os sete ministros do partido. Uma vez que o Diretório Nacional anunciasse o desembarque do PMDB do governo, eles pediriam demissão.
Alguns estavam inconformados com o desembarque, e tudo fizeram, sem sucesso, para obstrui-lo. E pelo menos dois, Kátia Abreu (Agricultura) e Marcelo Castro (Saúde), resistiam firmemente a ideia.
O que poucos imaginaram: que, na véspera do desembarque, Henrique Eduardo Alves, ministro do Turismo, enviaria à presidente Dilma Rousseff sua carta de demissão. Nem Dilma imaginou, já que eles eram tão ligados. Mas foi o que Henrique fez.
Os demais, até hoje, agarram-se aos cargos em desrespeito à decisão do partido. Juram a Dilma entregar votos contra o impeachment que não têm. E se submetem a todo tipo de humilhação desde que não percam o emprego.
Não é Henrique que sofre a abstinência do poder como aqui escrevi mais cedo de brincadeira para marcar o 1º de abril. Ele foi o único digno.
São os seis ministros oportunistas do PMDB: Eduardo Braga (Minas e Energia), Mauro Lopes (Aviação Civil), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), Helder Barbalho (Portos), Kátia e Castro.