28 de abril de 2024
Estado

“O PROERD está parado”, denuncia a tenente Margarida, em audiência na Câmara de Natal

A continuidade do Programa Educacional de Resistência às Drogas – PROERD em Natal e no Rio Grande do Norte foi debatida na manhã de hoje (07), através de uma audiência pública, proposta pela vereadora Eleika Bezerra (PSDC). Em Natal, coordenadores do programa denunciam a transferência dos policiais que executavam as atividades e o risco de descontinuidade do programa. Participaram do debate policiais, vereadores, líderes comunitários, educadores e representantes de escolas de outros municípios.

O PROERD foi criado para prevenir nas escolas o uso e tráfico de drogas, bem como todas as formas de violência, trabalhando sobre as causas do uso de drogas lícitas e ilícitas, estabelecendo sobre os riscos decorrentes da dependência química e orientando as crianças, adolescentes, assim como seus pais ou responsáveis, acerca da busca de soluções e medidas eficazes quanto à resistência às drogas. Porém, de acordo com a tenente coronel Margarida Brandão, que coordenada o programa, os 24 policiais que executam o programa em Natal foram transferidos para o trabalho ostensivo em cidades do interior. “Desde novembro os policiais têm sido retirados e hoje o PROERD está parado. Além disso, todo o investimento em materiais, com 90 mil livros, instrumentos musicais estão sem utilidade. Vamos entrar com um pedido no Ministério Público para que possa nos ajudar a não acabar com o PROERD”, relata.

O capitão Leonardo Araújo, do Comando de Policiamento Metropolitano, explicou que foi necessária uma transferência de policiais para atender a demanda do trabalho ostensivo da polícia militar em outras áreas, mas que o PROERD não acabou em Natal. “Há um decréscimo de efetivo e uma necessidade de repor em algumas áreas realizando essas transferências, por isso o programa sofreu uma redução. O PROERD não acabou, vai permanecer em caráter reduzido”, disse o capitão.

Para a vereadora Eleika Bezerra, o governo precisa eleger prioridades. Ela defendeu que é necessário implantar escolas em tempo integral e que o trabalho de prevenção tem efeito maior do que o de correção. “Na atual situação de drogas e violência que estamos vivenciando, considero de fundamental importância um projeto como o PROERD que atua com uma ação preventiva. Estamos prontos para ajudar, não para diminuir as ações, mas para ampliar e fortalecer. Acredito na educação e na educação preventiva”, declarou a vereadora.