O protagonismo da jovem advocacia

Opinião do Leitor

Não tem mais quem evite. Vivemos na terceira revolução industrial, berço da tecnologia e da informação. Mas qual a relação disso com a advocacia jovem? Bem, muita coisa.

Primeiramente explico que jovem advocacia é como são referidos aqueles profissionais com até 5 anos de inscrição na Ordem. Isto posto, lembro que, embora me refira ao tempo, ele não se adia, portanto, o futuro chega. E se as crianças são o futuro da nação, os jovens são o futuro da advocacia. A jovem advocacia vem trilhando um caminho de insurreição, de desejo de oxigenação, pois descobriu que pode mais.

Considerando que o desenvolvimento da sociedade atual tem trazido novos estilos de vida, de trabalho e até familiares, o direito não pode confrontar com esse progresso. A advocacia jovem percebe que ao passo que vão surgindo novas relações jurídicas, é preciso novas regulamentações.  Assim, entendendo que não deve estagnar, já investe em novos direitos, novos nichos, antes nunca pensados: direito da moda, direito do digital, compliance, direito da mineração, entre outros.

Mas a jovem advocacia também entende que a tradição e a experiência fazem parte da construção da nossa história e precisam ser consideradas. Baseando-se nisso, reconhecemos o nascituro da advocacia e valorizamos a aproximação da academia e dos estudantes com a OAB, seguindo o entendimento que logo mais seremos um só, é preciso prezar pela unidade.

Mas acima de tudo, a jovem advocacia valoriza as boas práticas e entende a importância da união nesse momento de oceano vermelho. Vivemos num período de individualismos que podem ser prejudiciais à classe, o que leva aquele jovem advogado e jovem advogada, a enaltecer a comunhão entre os pares e os benefícios que reverberam dessa atitude. A humanidade e a empatia são predicados que estão renascendo, numa advocacia que está adentrando na Ordem agora com o desejo de ressignificá-la.

Glicia Galdino Pacheco
Advogada, especialista em direito penal, processo penal e direito francês; Membro da Comissão de Apoio à Advocacia Iniciante e vice presidente da Comissão de Direito da Moda da OAB/RN