1 de maio de 2024
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Os reflexos da eleição suplementar de Mossoró

Mossoró escolheu na noite deste domingo (04) seu gestor pelos próximos dois anos, em meio a uma eleição suplementar marcada por imbróglios jurídicos e acima de tudo insegurança por parte dos eleitor.

Cláudia Regina (DEM), candidata eleita em 2012, cassada, não teve o direito de concorrer. A Justiça Eleitoral lhe impediu. Juntamente com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), maior eleitora da cidade que já administrou por três vezes, mostrou sua força através dos 30.429 eleitores que se abstiveram, dos 15.000 eleitores que anularam seu voto e dos 4.428 eleitores que votaram em branco, sem falar na votação dos candidatos nanicos, que sem dúvida, também abrigaram o eleitor de Cláudia: Cinquentinha (PSOL)- 3.825 votos, Josué (PSDC) – 3.025 votos e Gutemberg Dias (PCdoB) – 2.265 votos. Reconhecer também que nos votos de Francisco José Júnior existem muitos eleitores do grupo Cláudia-Rosalba, que queriam derrotar Larissa.

Já a deputada federal Sandra Rosado (PSB) fez a filha-deputada Larissa sofrer a quarta derrota na disputa pela Prefeitura de Mossoró, mesmo agregando forças estaduais, como o governadorável Henrique Alves, o ministro Garibaldi Filho, o deputado federal João Maia e o presidente da Assembleia, Ricardo Motta, que em 2012 estavam com Cláudia Regina, além da presença desde o pleito anterior da ex-governadora Wilma de Faria, filha de Mossoró e caicoense de coração. A insegurança jurídica fez o eleitor não confiar votar em Larissa. Ela foi uma “candidata” sub judice, do começo ao fim.

Agora falar do vitorioso, o prefeito em exercício Francisco José Júnior (PSD). Louros ao vice-governador Robinson Faria (PSD) e a deputada federal Fátima Bezerra (PT)? Claro. Sem dúvidas. Lucram no discurso por estarem no palanque da vitória. Foram os responsáveis pela vitória do candidato? Não. “Silveirinha” como é mais conhecido venceu pelo momento, o fato de já estar prefeito, atender aos anseios popular, receber a migração de parte dos eleitores de Cláudia Regina e Rosalba – como já dissemos anteriormente, contar com o apoio da ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB) e do deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM), sem falar em outros partidos que na sucessão estadual até deverão estar em outros palanques que não é o de Robinson-Fátima.

Então, é claro e evidente, que Robinson e Fátima têm o direito de festejar. Mas achar que o resultado de Mossoró vai decidir o do Estado, em outubro próximo, é no mínimo ilusório. Até porque, se Rosalba for candidata à reeleição, as pesquisas do momento já diziam isso, ela deverá ter mais de 50% dos votos de sua terra.