3 de maio de 2024
Poder

Presidente do TJRN cobra providências do Estado para reabertura de UTI pediátrica

O presidente do Tribunal de Justiça do RN, desembargador Cláudio Santos, anunciou na manhã de hoje (28), durante visita ao Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes, na Zona Norte de Natal, que irá se reunir com o governador do Estado Robinson Faria para cobrar providências para a reabertura da unidade de tratamento intensivo (UTI) pediátrica da unidade, cujos dez leitos foram fechados devido à falta de profissionais especializados para assegurar as escalas de plantão. Claudio Santos destacou a necessidade de se reverter imediatamente o fechamento da unidade diante do risco às vidas das crianças no Rio Grande do Norte.

Segundo a diretora geral da unidade, Sayonara Barros, a UTI voltará a funcionar na próxima segunda-feira, 1º de agosto, devido à abertura de nova escala de plantão, mas o problema da falta de profissionais persiste e tende a se repetir caso não haja reposições na equipe. Atualmente, o Hospital Maria Alice Fernandes conta com apenas seis médicos para a escala deste setor, quando seria necessário um mínimo de oito – e de dez para que a unidade funcione dentro dos parâmetros adequados. O único hospital público pediátrico do RN concentra o maior número de leitos de UTI.

Urgência

“Saúde é o bem mais essencial que existe e tem que ser prestado às pessoas que têm necessidade financeira, elas têm que ser atendidas pelo poder público”, resumiu o presidente do TJRN, ressaltando que não há atualmente condições do Maria Alice Fernandes prestar o serviço médico que é devido pelo poder público.

Claudio Santos disse ainda que vai sugerir medidas ao governador para que se dê consistência a esse serviço, classificado como inestimável para a população do RN. “Que se faça concurso, que se contrate imediatamente, que se aumente salários de médicos, não importa. O que importa é que temos soluções e que temos que efetivar essas soluções”. Ele defendeu que os envolvidos não podem se prender a burocracias, conveniências e limites para resolver essas questões.

O desembargador afirmou que todos os homens públicos têm responsabilidade nessa questão e que ele não poderia ser omisso diante da situação atual. Claudio Santos lembrou ainda que se as medidas não forem tomadas, a lei prevê alternativas, inclusive o uso de força policial para garantia do serviço.

A secretária estadual adjunta da Saúde, Denise Aragão, afirmou que um plano de atenção rápida está sendo construído para o Maria Alice Fernandes e que já foram identificadas fontes de recursos para assegurar o funcionamento da unidade, a partir do realinhamento de despesas da Fonte 160 (projeto Cegonha) e do programa RN Sustentável.

z