2 de maio de 2024
Estado

Sesap está atenta aos casos de esporotricose no RN e alerta profissionais sobre importância da notificação

As subcoordenadorias de Vigilância Ambiental (Suvam) e Vigilância Epidemiológica (Suvige) da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) reuniu, na manhã desta sexta-feira, 20, representantes das Unidades Regionais de Saúde Pública (Ursap’s), Secretaria de Saúde de Natal, Laboratório Central do RN (Lacen) e subcoordenadorias da Coordenadoria de Promoção à Saúde, para discutir a Nota Técnica nº 09/2020, que orienta sobre a notificação compulsória da esporotricose.

Embora a doença tenha cura e não seja considerada grave em humanos, nos animais o tratamento tardio pode agravar e levar ao óbito, principalmente em gatos. Por isso a importância de notificar a doença, para que os órgãos de saúde possam entender como está sua ocorrência e tomar as medidas necessárias.

Os profissionais de saúde que suspeitarem da esporotricose em humanos devem inserir a informação no banco de dados Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Ministério da Saúde.

Em relação aos animais, a Nota Técnica orienta que clínicas veterinárias, profissionais médicos veterinários, abrigos de animais, organizações não governamentais (ONG), tutores ou qualquer cidadão que identifique animais suspeitos de esporotricose deverão comunicar a ocorrência à autoridade sanitária estadual através do preenchimento do formulário FormSUS, disponível no endereço eletrônico http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=59554.

*Dados*
De 2016 a setembro de 2020, foram registrados 172 casos da doença em humanos. Em relação à ocorrência em animais, no mesmo período o SINAN notificou 198 casos em animais de quatro municípios do RN. Entre 2016 e 2019 o Instituto de Medicina Tropical da UFRN identificou 224 animais contaminados na 1ª e 7ª Regiões de Saúde.

*Esporotricose*
Esporotricose é uma micose causada por fungos do complexo Sporothrix schenckii que infecta a pele através de lesões, como arranhadura e mordedura por animais, em especial gato, ou contato da pele lesionada com a matéria orgânica presente na natureza (troncos de árvores, espinhos e solo).

A transmissão da doença dos gatos para o homem tem sido cada vez mais frequente, mas não é comum a transmissão entre pessoas. O gato, por seu hábito de enterrar as fezes, afiar as garras e disputar território, é o animal mais acometido pela doença. Os animais doentes podem ser tratados, mas é necessário o acompanhamento por um profissional médico veterinário.