27 de abril de 2024
Estado

Sindicato dos Médicos denuncia que UTI pediátrica do Hospital Maria Alice Fernandes poderá fechar em Julho

Hoje o Rio Grande do Norte tem um déficit de 300 UTIs Neonatal e Pediátricas, causando grande transtorno para a população. Esse número deve aumentar caso a UTI pediátrica do Hospital Maria Alice Fernandes (HMAF), na Zona Norte de Natal, feche seus 10 leitos no próximo dia 29 de julho.

O caso foi denunciado pela coordenadora da UTI Pediátrica do HMAF, Luciana de Aguiar Corrêa, durante reunião com a diretoria do Sinmed RN, ocorrida na noite da última terça-feira (14). De acordo com Luciana, desde o ano de 2014 a equipe do Maria Alice alerta a Secretaria Estadual de Saúde sobre a falta de Recursos Humanos na unidade, o que pode levar ao fechamento da UTI.

A equipe tem fechado escala de plantões com um número crítico de profissionais, sobrecarregando os médicos quando alguém tira férias ou adoece, por exemplo. Com a previsão de algumas aposentadorias para os próximos meses, o problema deve se agravar, deixando a escala de plantões do mês de julho incompleta.

Assim, o Hospital Maria Alice receberá pacientes para a UTI (Neo e Pediátrica) até o dia 15 de julho, já que só poderá garantir o acompanhamento deste paciente até o dia 29. Voltando a reabrir apenas no dia 01 de agosto.

Também por falta de profissionais, a UTI pediátrica do Hospital Walfredo Gurgel não deverá fechar a escala de plantões no mês de agosto, agravando ainda mais a crise da UTI pediátrica no estado.

“Estamos desesperados com o fechamento da UTI”, revela Luciana Corrêa. E aponta como uma possível solução a otimização das equipes de UTI pediátrica no estado. “Não podemos ter perda de leitos, uma solução seria a junção destes leitos em uma unidade como o Walfredo Gurgel e, também, realocar profissionais de outras UTIs pediátricas para as unidades com maior demanda”, sugere.

O Sindicato dos Médicos do RN já solicitou reunião de urgência com a secretária de saúde do estado, Eulália de Albuquerque Alves, para solucionar a falta de médicos nas unidades e garantir o serviço de qualidade e com segurança para os pacientes.

“Vamos solicitar três medidas para solucionar o problema. De forma imediata, a contratação de serviço complementar, como as cooperativas médicas. A médio e longo prazo, pode ser feito o Processo Seletivo Simplificado e o Concurso Público”, disse Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed RN.

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