1 de maio de 2024
Nota

RN é assim: Dona Fátima e seus
dois Senadores e mais babados

RODA VIVA – TRIBUNA DO NORTE – 18/05/22

Agora, chegou a hora de prestar atenção ao calendário, porque as decisões que forem tomadas, para a presente campanha eleitoral, tem tempo marcado – e exíguo – para se consumar.

Aliás a semana começou com uma data que caiu em desuso, mas já foi muito importante. Dia 15 de Maio (domingo):  Início do prazo para as pré-candidaturas começarem a fazer a arrecadação prévia de recursos por meio de financiamento privado.

O “Fundo Partidário” estatizando os gastos de campanha tem mudado esse departamento, tudo saindo da bolsa da “viúva”, consequência da “Lava Jato”. Os recursos do Governo parecem suficientes para pagar a festa de todos os partidos e seus candidatos.

Depois do “fundo partidário, o ex-presidente Lula, também candidato, definiu a política brasileira, depois da mudança nos partidos, como “uma cooperativa dos deputados”. Com isso, a prioridade dos partidos é eleger maior número de Deputados Federais, que define as cotas do Fundo para os próximos quatro anos. Eleição majoritária, deixa pra lá…

UM OLHO NO GATO

Daqui pra frente, segundo uma respeitada raposa política, o acompanhamento da disputa eleitoral tem de ser feito com “um olho no gato; outro no peixe”, derivativo de um ditado português, originário da cidade do Porto, modificado porque o original foi considerado politicamente incorreto, para mostrar a necessidade de atenção total “um olho no burro e outro no cigano”.

Tradução: – Daqui pra frente para acompanhar a campanha é preciso ter um olho na movimentação dos partidos (com todos os seus candidatos) e outro no calendário.

A necessidade é fruto da inexistência real de partidos políticos, restando muito poucos fora da onda (inclusiva alguns dos chamados grandes) que elegeram a participação do fundo partidário como a prioridade das prioridades eleitorais. A candidatura do sr. Luciano Bivar, presidente do União Brasil (junção do DEM e PSL concretizada em 6 de Outubro do ano passado) é a comprovação do desvio de conduta da maioria dos nossos partidos políticos, dando razão a definição de Lula da “cooperativa de deputados”.

OUTRO NO PEIXE

No Rio Grande do Norte o quadro é ainda mais confuso, porque nem mesmo as maiores forças conseguiram se enquadrar na nova realidade.

Se classificarmos, esta, como tem acontecido em todas as eleições, elas sempre partiam, , de dois grupos bem definidos: o da Situação e da Oposição, com espaço para quem não conseguiu um lugar de um lado ou de outro tentar entrar no jogo.

O lado situação, com a candidatura da governadora Fátima Bezerra à reeleição, parece mais arrumado, embora com um problema grande no seu maior partido, o PT, com a candidatura de dois Alves (Carlos Eduardo e Walter) na chapa majoritária. Um grupo representativo de “compañeros” não engole a candidatura de Carlos Eduardo (adversário de Fátima há quatro anos) e vem municiando o público com vídeos daquela época, com o ex-Prefeito expondo sua posição contra o PT, contra Lula e contra Fátima.

Sem esquecer que os dois Alves são os únicos representantes das oligarquias na chapa majoritária, lançados por quem mais combateu as tais oligarquias (Alves X Maia) nos últimos 30 anos. Os Maia estão fora, embora José Agripino presida um partido, e esteja fora da disputa.

OPOSIÇÃO DESARRUMADA

Na oposição, o quadro é ainda mais complicado pela falta de um candidato a Governador durante muito tempo. Na fase preliminar apareceram candidatos de sobra, começando por dois Ministros de Bolsonaro (Rogério Marinho e Fábio Faria) e Carlos Eduardo, entre outros.

Na hora do vamos ver, os dois desistiram do Governo e buscavam o Senado. Bolsonaro optou por Rogério e Fábio encontrou mil motivos para continuar no Governo Federal, ligando o seu nome a chegada ao Brasil do sistema de telefonia 5-G, e não entrou na disputa de Deputado Federal, em favor do pai, o ex-governador Robinson Faria, com candidatura já lançada.

E Rogério, além da própria candidatura comandou a busca ao candidato ao Governo, começando pelo Presidente da Assembleia, deputado Ezequiel Ferreira de Souza que ocupou a pista uns dez dias até desistir. Quando apareceu outro Fábio, Fábio Dantas (vice Governador de Robinson), que tratou de ocupar o espaço e tem ido atrás dos mais de cem Prefeitos que estavam comprometidos com Rogério e Ezequiel, enquanto tenta chegar ao grande público como o candidato da Oposição.

HORA DA DECISÃO

Agosto é o mês decisivo para as definições. No dia 11, profissionais de TV e Rádio que forem candidatos, não podem mais exercer suas profissões e aparecer nesses veículos de comunicação (A Internet continua livre para todos e já é vista, por alguns teóricos, como o veículo de maior penetração, sem ser concessão do estado).

E ainda existem duas candidaturas fora do nosso ABC e América eleitoral, tentando se mostrar viáveis:

O senador Stiverson Valentim, mesmo com seu medíocre desempenho de mandato, vem conseguindo aparecer nas pesquisas como um out sider.

Além do deputado Rafael Mota, que está deixando uma eleição viável de deputado federal para entrar na disputa pelo Senado, na esperança de começar com os votos do PT que reagem a Carlos Eduardo.

O calendário ainda mostra: de 31 de Agosto a 16 de Setembro. tempo das convenções que definirão os candidatos

A partir daí é com o voto; em 2 de Outubro no Primeiro Turno, e 24 de Outubro no Segundo.

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