Não foi o currículo em Economia que uniu Paulo Guedes e a Jair Bolsonaro
Um bilhete para aquele que tem um tio, tia, primo e amigo que votou em Jair Bolsonaro para derrotar a quadrilha do PT e com o super ministro Paulo Guedes trazer estabilidade à economia brasileira com criação de empregos, ampliar as privatizações, valorizar o Real e equilibrar a inflação.
Promessa cumprida ou arrependimento aceito? Nem uma coisa, nem outra.
Os que votaram com essa desculpa não mudaram porque foram convencidos, mas, de fato, porque algo maior os unia. A forma de enxergar o mundo, o pobre, passado e futuro.
E isso fica cada vez mais claro.
Em dois anos e quatro meses de Ministério , Paulo Guedes já ofendeu mulheres, servidores públicos, empregadas domésticas, filhos de porteiros, pobres de uma maneira geral.
Alguma semelhança com seu chefe?
Agrediu também o maior parceiro econômico do Brasil ao dizer que “o chinês inventou o vírus, e a vacina dele é menos efetiva do que a americana”. Depois tentou consertar o “equívoco” com uma desculpa tão amarela quanto os que votaram no chefe por sua competência econômica.
O super Ministro criticou ainda as pessoas que querem viver até os 100 anos: “Todo mundo quer viver cem anos”.
E quem não, cara pálida?
Ontem, mais uma pérola preconceituosa expôs o ministro; “Fies bancou universidade até para filho de porteiro que zerou o vestibular’.
Quanto brasileiros pobres e que não zeraram o vestibular conseguiram reescrever a história de suas famílias através de uma profissão conquista da com estudo e muito suor?
Até agora não se tem notícia de uma palavra de desaprovação do Palácio do Planalto sobre as pérolas do ministro técnico. E se houver provocação, poderá ampliar o rol com outras tantas afinidades como questões homoafetivas, tortura de presos ou etnias.
As semelhanças só crescem quando a pauta é diversidade … de gente.