5 de maio de 2024
Opinião

A ânsia dos justiceiros sob um olhar privilegiado

Multiple white hands are pointing index fingers from the right to the left at one set of hands. The pair of hands that are being pointed at are up in a defensive pose, with fingers to the sky and palms towards the pointing fingers.

Do artigo “O ONTEM E O HOJE ” do professor Francisco Barros Dias na Tribuna do Norte

É comum se ouvir falar que a história se repete. Não há dúvida que determinados fatos e acontecimentos da humanidade, em tempos e tempos, voltam a ocorrer. 

Apenas a forma de como o homem conduz as coisas e pratica os mesmos atos, adquirem uma roupagem diferente. Por exemplo: sofisticam-se as guerras e as formas como as atitude mesquinhas devem ser praticadas. 

SASCHA GUITRY, nome artístico de Alexandre Georges-Pierre Guitry, nascido na Rússia, mas radicado na França, foi ator, cineasta, autor, teatrólogo e com isso contribuiu muito para a cultura francesa e se tornou em um ícone naquele país que elegeu para viver até a sua morte. 

… após a retomada da França, eis que Sacha Guitry foi acusado de colaborar com o nazismo e ser conivente com aquela ideologia. Em razão dessa acusação foi preso, chegando a passar sessenta dias na prisão. Nesse período, sem que houvesse uma única prova contra ele, o juiz da causa fez publicar na imprensa uma convocação para que qualquer pessoa que tivesse conhecimento de algum fato ou ato contra o acusado se dirigisse à Corte para ser tomado por termo e servir como prova para instruir o processo. Não houve uma única acusação. Somente assim o juiz resolveu pôr em liberdade o preso. 

Poder-se-ia dizer que um caso dessa natureza pudesse servir de exemplo para que não mais se repetissem situações como esse. Mas este é apenas um exemplo dentre milhares que se tem notícia na história, ocorrida em vários países considerados como os mais civilizados do globo terrestre. 

Pois bem. No Brasil, exatamente nessa quadra histórica ou nos dias atuais para ser mis preciso, se tem. notícia de acontecimentos tão próximos e parecidos que se pensa haver uma repetição. Na ânsia de atender aos caprichos, personalidades e subjetivismo dos “justiceiros”de plantão, estão ocorrendo abusos e excessos que a chamada opinião pública”não se dar conta do absurdo que isso representa.

Ao contrário, a mídia nacional e boa parte da população se vangloriam desse “apoio”e taludem de pé essas atitudes maléficas que são tomadas por esses escusos caminhos.

(…) 

Tudo isso é feito em nome e dentro de um chamado estado democrático de direito, atendendo ao interesse da sociedade e ainda justificado pela vontade da “maioria”. 

Embora a história registre que essa forma de agir é intermitente, deixa marca que o homem pouco evolui. 

 

Para ler o artigo na íntegra, acesse Tribunadonorte.com

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