1 de maio de 2024
Política

A MALDIÇÃO DOS RELATORES

O fazedor de máscaras – Carlos Orduña Barrera, pintor mexicano nascido em 1946


Há dois anos, um relatório de
CPI causou milhares de vezes mais polêmica que o arremedo de investigação sobre os atos praticados em 8 de janeiro, há poucos dias divulgado e já em processo de esquecimento.

Desta vez foram indiciados manicures e oficiais de altas patentes.

Da outra, bastava ser adversário na eleição que se avizinhava.

Daquela vez e neste mesmo pequeno expediente de Território Livre foi simulada uma arguição ao CuPinXa, digo, relator de então:

Com todo respeito que o excelentíssimo senador não havia tido com a maioria dos interrogados, era tempo dele responder ao que não tinha  ainda sido perguntado pela mídia ex-investigativa, esquecida, consorciada, e de novo, amiga:

Senhor relator,

Advirto Vossa  Excelência, logo no início desta oitiva, o compromisso de falar a verdade.

E se não o fizer, será decretada sua imediata prisão simbólica.

As respostas devem ser  objetivas.

Sim ou Não.

O senhor era a melhor pessoa, a mais isenta, para conduzir as investigações?

Um passado de denúncias nunca explicadas, não seria suficiente para inibí-lo?

O ilustre tribuno, durante todo este tempo, esteve procurando algo mais que o mesmo culpado, já identificado antes da primeira audiência, à sombra do placar antecipado de 7X4?

Era ele, não?

Sua desenvoltura no interrogatório dos trambiqueiros, o ponto alto da sua performance, mostrou que o ‘modus operandi’ lhe é familiar.

Nos seus muitos anos de parlamento, nas duas casas legislativas, o senhor já teve contatos com lobistas?

Conhece os picaretas que circulam pelos corredores e labirintos do poder, pedindo força para aprovação de projetos, ou encaminhamentos para o birô certo, em algum ministério?

Já recebeu ajuda dessa gente que o senhor agora classifica de execrável, nas suas campanhas eleitorais?

O senhor não acha que a maneira como somava os mortos no display que substituía seu nome na mesa de inquisição, parecia torcida em busca de um recorde, como se  as estatísticas norte-americanas pudessem ser ultrapassadas na próxima curva ascendente?

Laranja, para o senhor, é só uma fruta a ser chupada até o bagaço?

O tratamento às médicas depoentes não deveria ter sido semelhante, ao  dispensado a outras  mulheres, com a  generosidade que tem, por exemplo, uma empresa de um amigo, do amigo, do amigo?

Quando o senhor recusou fazer perguntas a médicos que estiveram na linha de frente do combate à pandemia, o senhor não foi o verdadeiro negacionista?

O senhor acha que os médicos fazem o quê nos hospitais, além de entubar os pacientes seguindo a orientação de autoridades sanitárias e jornalistas para esperarem o começo da falta de ar?

Quantos morreram por conta disto?

Por que seus familiares não foram ouvidos?

Quantos pacientes não tiveram a sorte de encontrar uma vaga em UTI, nem os 300 respiradores fantasmas, e faleceram, respirando o ar ambiente de uma enfermaria de UPA?

O senhor sabe explicar como remédios que “não têm comprovação científica e não servem para nada” podem ser responsabilizados pelas mortes que o senhor denuncia com tanta convicção?

Qual tratamento médico deve ser dado aos pacientes que mesmo vacinados, contraem a doença?

Se proibidos aos primeiros sintomas, na fase inicial, precoce,  da doença, então devem ser sempre, os cuidados, tardios?

Dipirona tem comprovação científica contra o  vírus Sars-Cov-2?

O senhor sabe que é droga proibida nos Estados Unidos  da América?

Por que a anunciada convocação da ex do ex-presidente foi abortada? Pra não falar de corda em casa de enforcadores?

Pelo menos, confirme esta última informação e ajude o país a conhecer o maior de todos os xxxxxxx (o leitor completa com o substantivo que achar mais adequado) deste país.

Foi só pura malandragem, dizer que não entende de ‘creptomoedas’, nem investe em ‘betcóios’, não foi?

O fazedor de ilusões
Crianças com máscaras
Dançarinos com máscaras

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