6 de maio de 2024
Clima

A volta do El Niño

 

Rachaduras atravessam o leito parcialmente seco do rio Gan durante uma seca regional em Nanchang, província de Jiangxi, China, 28 de agosto de 2022. Reuters/Thomas Peter


Temperaturas mundiais sobem com o El Niño

Briefing da agência Reuters, em 04/07/2023

Espera-se que as temperaturas subam em grandes partes do mundo depois que o padrão climático El Niño surgiu no Pacífico tropical pela primeira vez em sete anos, informou a Organização Meteorológica Mundial nesta terça-feira.

O El Niño, um aquecimento das temperaturas da superfície da água no leste e centro do Oceano Pacífico, está ligado a condições climáticas extremas, desde ciclones tropicais a fortes chuvas e secas severas.

O ano mais quente já registrado no mundo, 2016, coincidiu com um forte El Nino – embora especialistas digam que a mudança climática alimentou temperaturas extremas mesmo em anos sem o fenômeno.

Mesmo esse recorde pode ser quebrado em breve, de acordo com a OMM.

A organização disse em maio que havia uma forte probabilidade de que pelo menos um dos próximos cinco anos, e o período de cinco anos como um todo, fosse o mais quente já registrado devido ao El Nino e ao aquecimento global antropogênico.

“Dizer se será neste ano ou no próximo é difícil”, disse Wilfran Moufouma Okia, chefe do Serviço Regional de Previsão Climática da OMM, a repórteres em Genebra.

“O que sabemos é que, nos próximos cinco anos, provavelmente teremos um dos anos mais quentes já registrados.”

A Organização Mundial da Saúde disse no mês passado que estava se preparando para um aumento na disseminação de doenças virais como dengue, zika e chikungunya ligadas ao El Nino.

“Podemos esperar até mesmo um aumento de doenças infecciosas por causa da temperatura”, disse Maria Neira, diretora de Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Saúde da OMS, a repórteres.

Durante o El Nino, os ventos que sopram para o oeste ao longo do equador diminuem e a água quente é empurrada para o leste, criando temperaturas mais quentes na superfície do oceano.

O fenômeno ocorre em média a cada dois a sete anos, podendo durar de nove a 12 meses, segundo a OMM.

É tipicamente associado ao aumento das chuvas em partes do sul da América do Sul, sul dos Estados Unidos, Chifre da África e Ásia Central.

No passado, causou secas severas na Austrália, Indonésia, partes do sul da Ásia, América Central e norte da América do Sul.

 

TL Comenta:

A possibilidade de um novo período de seca no semiárido nordestino faz renascer as observações dos “cientistas do sertão”.

Se o inverno tem sido irregular este ano, a numerologia ajuda a  trazer esperanças de boas chuvas em 2024.

O inverno nunca falhou em anos terminados em 4.

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