“Abril vermelho” do MST faz onda de invasões a prédios públicos em estados do Brasil
A ida do líder do MST João Pedro Stédile na comitiva presidencial à China não arrefeceu a onda de invasões do “Abril Vermelho” anunciado pelo Movimento.
Desde ontem notícias de invasões a prédios públicos e terras em vários estados brasileiros.
As sedes do Incra foram o alvo em Porto Alegre no Rio Grande do Sul e em Natal no Rio Grande do Norte.
Na capital mineira, os sem-terra exigem a demissão do superintendente Batmaisterson Schmidt, que foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Por meio de nota, o MST afirmou que os atos relembram a morte de 18 sem-terra pela Polícia Militar, em 17 de abril de 1997, em Eldorado dos Carajás, no Pará.
Só em Pernambuco foram oito áreas invadidas desde o início do mês – cinco no último fim de semana. Em nota, o movimento diz que estão sendo “ocupadas” terras “que não cumprem a função social da propriedade” e cobra o assentamento de famílias acampadas em todo o País.
No Rio Grande do Norte, cerca de 3 mil famílias aguardam assentamento e acesso a uma terra. No Brasil, eles contabilizam 65 mil nesta situação de “sem terra”.
O chamado Abril Vermelho é referente ao massacre de dezenas de sem terras pela PM em Eldorado dos Carajás. A propósito e até que esse jornalista me prove do contrário, as supostas invasões serão somente em propriedades improdutivas (que só servem para especulação), nunca jamais, em propriedade produtivas.