Adolescentes raramente são hospitalizados com Covid, mas os casos podem ser graves
Fonte: The New York Tines, 05/06/2021
Desde o início da pandemia, muito poucos adolescentes adoeceram o suficiente com Covid-19 para serem hospitalizados. Mas, daqueles que o fizeram, cerca de um terço foi admitido em unidades de terapia intensiva e 5% exigiram ventiladores, relataram os Centros de Controle e Prevenção de Doenças na sexta-feira.
Essas descobertas ressaltam a importância da vacinação de crianças contra o coronavírus, disseram os especialistas. “Muito desse sofrimento pode ser evitado”, Dra. Rochelle P. Walensky, C.D.C. diretor, disse em um comunicado. “A vacinação é a nossa maneira de sair desta pandemia.”
Os dados também vão contra as alegações de que a gripe é mais ameaçadora para as crianças do que a Covid-19, um argumento que tem sido usado para reabrir escolas e questionar o valor das vacinas contra o coronavírus para crianças.
O número de hospitalizações relacionadas ao Covid-19 entre adolescentes nos Estados Unidos foi cerca de três vezes maior do que as hospitalizações relacionadas à influenza nas três temporadas recentes de gripe, concluiu o estudo.
“Há um apelo muito forte a ser feito para prevenir uma doença que causa hospitalizações e mortes, sem mencionar que contribui para a transmissão na comunidade”, disse a Dra. Yvonne Maldonado, presidente do comitê de doenças infecciosas da Academia Americana de Pediatria.
As crianças têm uma probabilidade geral muito menor de adoecer gravemente ou morrer de Covid-19, em comparação com os adultos, mas acredita-se que os riscos aumentem com a idade. De acordo com os dados mais recentes coletados pela academia, quase quatro milhões de crianças tiveram resultados positivos para o coronavírus desde o início da pandemia, em comparação com cerca de 30 milhões de casos entre adultos.
Ainda assim, cerca de 16.500 crianças foram hospitalizadas por Covid-19 desde o início da pandemia e pelo menos 322 morreram, tornando-se uma das principais causas de morte entre crianças, observou o Dr. Maldonado.
“Parece que não são muitas mortes”, especialmente em comparação com 600.000 mortos nos Estados Unidos, disse ela. Mas “ainda deve ser horrível que 300 a 600 crianças estejam morrendo por causa de algo que pode ser evitado”.
TL Comenta:
No Brasil, ainda não há previsão de quando os adolescentes vão engrossar as filas da vacinação.