27 de abril de 2024
Polícia

ATÉ ONDE VAI O VALENTE?

O Demagogo – Maugdo Vásquez López, pintor guatemalteco nascido em 1959


Na linha de frente, nos primeiros bancos, nos assentos de janela do trem do senado, ele ainda não se aboletou.

Não é fácil a conquista da fama em meio a tantos pavões e cobras criadas.

Gente que chegou à ante-sala do paraíso depois de serviços reconhecidos e experiência administrativa ou parlamentar.

Houve um tempo que era destino natural, quase certo, prêmio para governadores bem avaliados.

A casa dos sábios, dos anciãos notáveis.

Que não se culpe o soberano público eleitor, que tem sempre razões.                     

Ele vota em quem nem sabe o prenome. Nem o sobrenome. Nem o partido. Nem as ideias que defende.

Mas o eleitor nunca erra.

Velhos políticos sofrem desgastes, preconceitos e bullying.

Enjoo das mesmas caras, acontece.

E viva a nova velha política.

Quem haveria de imaginar que um pouco mais de um ano da posse do acreano-potiguar Eann, o mundo enfrentasse tamanha pandemia?

Ficou pra trás, esquecido na memória, que tudo que precisávamos, à época da eleição de 2018, era um tenente e dois bafômetros.

O trânsito em ordem, os bebuns andando de Über e todos os problemas resolvidos na diocese tabajara.

O estágio seguinte e natural, Styvenson queimou.

O capitão não ofereceu sua bravura para enfrentar os outros malfeitores que praticavam crimes mais gravosos.
O povo não atinou.

A imprensa calou.
É da natureza dela: o osso roído é trocado quando aparece um novo.

Sem recorrer a assessores, releases, nem jabazeiros, Valentim manteve-se  no noticiário grátis, 0-800.

Esperteza também se aprende na escola do plenário.

Usou do nepotismo midiático cruzado para aparecer bem nas fitas domésticas.           

Sobrou para a coitada da mana, fiel frequentadora  da igreja dos desempregados necessitados, cidadã cumpridora da lei e beneficiária do auxílio emergencial.

O mesmo não se pode dizer do Senador Mendes, que apesar  da falta de militância na advocacia, deve saber que a comunicação de um crime não cometido, pode tornar criminoso, o denunciante.

Sua produção parlamentar, da obrigatoriedade de exames toxicológicos para aporrinhar a vida dos agentes de segurança, à castração química voluntária aos condenados por crimes sexuais, merece receber mais uma peça.

Que senador de pífio desempenho parlamentar, no meio do mandato, seja impedido de concorrer ao cargo de governador.

                                         ***

(Este texto é baseado em fatos reais, publicados em 24/06/20)

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