8 de maio de 2024
Nota

Augusto Aras se despede da PGR destacando “incompreensões e falsas narrativas”

O procurador-geral da República, Augusto Aras, discursou nesta quinta-feira, 21,  em sua última sessão no STF (Supremo Tribunal Federal) no cargo.

O mandato de Aras na PGR (Procuradoria Geral da República) termina na próxima 3ª feira, 26, e ele não deve ser reconduzido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em sua fala logo no início da sessão, Aras afirmou que seu mandato foi cercado de “incompreensões e falsas narrativas” com base em acusações de que o trabalho no Ministério Público estaria aliado a projetos partidários.

“Ao MP, tal qual o Judiciário, a Constituição veda expressamente a atividade política partidária. Nossa missão não é caminhar pela direita ou pela esquerda, mas garantir, dentro da ordem jurídica, que se realize justiça, liberdade, igualdade e dignidade da pessoa humana. A ideologia constitucional busca limitar e convergir o uso do poder em prol do bem comum, protegendo o cidadão de abusos e arbitrariedades”, disse o PGR.

OMISSÕES EM RELAÇÃO AO GOVERNO BOLSONARO

A interpretação de que o PGR foi omisso em investigar possíveis crimes do governo Bolsonaro durante a pandemia se intensificou depois dos atos extremistas do 8 de Janeiro e da missão federal que declarou emergência pública na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.

HOMENAGEM DE GILMAR MENDES

Logo em seguida ao discurso de Aras, o decano da Corte, ministro Gilmar Mendes, o homenageou, afirmando que o PGR assumiu o cargo em um período “desafiador da história da nação”.

“O procurador-geral da República garantiu firmeza para com o Estado Democrático de Direito. Adotou postura de equilíbrio, sensatez e austeridade na condução do órgão de cúpula do Ministério Público. Aras trabalhou em estreita colaboração com o STF. Seu compromisso com o equilíbrio entre os Poderes fortaleceram o STF”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *