Auxilio Emergencial deve fazer a diferença nas eleições do Nordeste
Do Estadão
Nota técnica da Secretaria de Política Econômica do governo federal comprova e quantifica o que os políticos já haviam farejado: o auxilio emergencial de R$ 600 ajudou a impulsionar a economia nos rincões do País.
No Nordeste, os repasses representam até 5% do PIB mensal de quase metade dos municípios. No Norte, 2,5%. Porém, as conclusões ajudam a aumentar a angústia de Jair Bolsonaro: o “desmame” do auxílio (estendido até dezembro) pode ser traumático, especialmente se o cenário econômico ainda estiver tenebroso.
“No que se refere à focalização municipal, observa-se que o auxílio emergencial atingiu com maior intensidade municípios com menores índices de desenvolvimento humano (IDH)”, diz o documento.
O texto conclui que o primeiro mês de pagamentos impactou mais Norte e Nordeste por causa do grande número de beneficiários do Bolsa Família nessas regiões. Em seguida, avançou sobre o centro-sul por causa dos informais.
A Economia utilizou dados de abril e maio do benefício. Em alguns municípios do Norte e Nordeste, a transferência com o programa chegou a mais de 7,5% da estimativa do PIB mensal.
O cálculo se baseou em dados do PIB de 2017, atualizados. Neste ano, em que o PIB nacional teve queda histórica (9,7% no segundo trimestre), técnicos projetam que a proporção pode ser ainda maior.
Um interlocutor nordestino da oposição resume: enquanto a esquerda está preocupada com disputa fratricida nas eleições municipais, o governo avança sobre a região outrora dominada pelo lulismo.
Bolsonaro é auxílio emergencial no bolso e voto na urna.
DO TL
Ou seja, a fórmula do PT e de Lula atualizada com sucesso pela direita bolsonarista.
No mesmo lugar, forma e com o agravante da necessidade da pandemia.