3 de maio de 2024
Coronavírus

BARRA LIMPA

9BF9F793-756A-4E2F-8D20-1A3F81EBA658

Onde bate sol forte e faz calor, neste final de inverno, depois de seis meses de restrições e isolamento, as pessoas tiveram uma mesma ideia.

Foram todos para a praia.

A beleza plástica das barracas coloridas e a silhueta das miniaturas das multidões, em fotos coloridas, ganhou as primeiras páginas dos jornais e portais de notícia.

Sempre com o alerta repetido e escandalizado do perigo de uma segunda onda, enquanto a primeira ainda quebra na vazante da maré.

Contrariando estudos inicias e otimistas do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets), a propagação da doença não respeitou  condições climáticas.                                      

Provocou pânico, destruição, e mortes em todos os lugares e temperaturas.

Mostrou comportamento diferenciado das outras viroses respiratórias que costumavam explodir no inverso e só desapareciam quando a primeira marmota saía da toca, nos filmes reprisados  na sessão da tarde.

Nos primeiros movimentos de volta à normalidade e ao que será considerado como tal, não há como deixar de lado algumas observações e de serem criadas muitas novas lendas urbanas.

Que o consumo de álcool traz resistência ao vírus,  tese defendida pelos papudinhos em geral, dificilmente será comprovada. Falta o grupo controle. Quem vai  querer ser o abstêmio motorista da rodada, por vários dias seguidos?

Que a exposição ao sol, além de provocar câncer de pele, abranda o perigo contagioso, vem sendo posta em dúvida. Até mesmo a eficácia do seu produto final, a vitamina D.

O trabalho cientifico australiano que afirmou ser a água do mar e os banhos de imersão tratamentos para sinusites, foi rebaixado à mesma categoria do outro aussie que jurava que um remédio para piolho seria a salvação da humanidade.

As dúvidas persistentes poderão ser esclarecidas com o aprofundamento dos estudos, em um  universo em escala reduzida.

Um dos segredos do sucesso da Clinica Mayo é ter feito do condado de Olmsted, onde foi fundada há mais de 130 anos, um laboratório a céu aberto.

Aos  seus 130 mil moradores e ascendentes, a ciência médica é devedora de avanços e inovações espalhados pelo mundo.

Uma pacata vila do litoral potiguar, com seus 900 habitantes, está aberta aos cientistas e seus comitês, para campo de estudo do comportamento do vírus SARS-coV2.

Na foz do rio Ceará Mirim, porto seguro de Jacques Riffault e cemitério de muitos piratas portugueses, descendentes dos índios paiacus têm passado pela peste 2020, incólumes.

Com uma população uniforme, servida de água tratada, sem rede de esgotos, vivendo da pesca de arrasto, um pouco da agricultura de subsistência e muito dos benefícios sociais do governo, merece uma avaliação de desempenho.

Até há seis meses, a remo e a vara, era o turismo, seu motor de desenvolvimento. Nas balsas de leva e traz dos buggies.

A 30 kms dos empregos e dos riscos de contaminação da capital, é também vila-dormitório.

Levantamento preliminar indica que não houve nenhum caso (nem único suspeito), de ter contraído o coronavírus em seu território.

Os moradores continuaram com a vida velha normal, com uma só mudança de hábito.

A exigência do uso de máscara para a entrada no mercadinho, em rígido cumprimento do decreto governamental.

Poderá estar naquela  beira de praia, a explicação para um  dos maiores enigmas destes tempos de incertezas.

E uma possível solução prática e acessível.

Foi o controverso uso profilático do vermífugo que protegeu a comunidade da Barra do Rio?

538A2FD1-AB4E-46BC-A554-206969D657F6

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *