30 de abril de 2024
Política

CALADO, É UM PRESIDENTE

7A2A1150-3BFE-404C-AD03-E37AABBCB829

Desde a posse, é a maior transformação observada na forma como se comunica, o capitão-presidente.

Nem quando esteve hospitalizado, impedido de falar, pela sonda nasogástrica.

A visita do Zero3 de cartucheira à mostra, falou alto e causou outra polêmica.

Depois de todo esforço para ser cobaia no estudo triplo-cego para provar que  a doença que parou o mundo, era só um resfriadinho, finalmente encontrou o tom adequado para  se relacionar com a imprensa e pastoradores das entradas e saídas do palácio.

Em boca fechada não entra mosca.

Nem sai….


(Publicação original em 08/08/2019)


SAUDAÇÕES PRESIDENCIAIS

Trabalhadores do Brasil. Todos e todas.

Brasileiros e brasileiras.

Senhoras e senhores.

A Voz do Brasil tem sido o canal de aproximação  do primeiro mandatário com o país-continente.  Desde 1935.

No rádio, depois na TV, a saudação inicial estabelece a empatia. Mais fácil para os receptores identificarem de quem parte  a mensagem que precisa ser entendida e bem recebida.                                      

B com A, bê-a-bá.

Respeitável púbico!        

Minhas colegas de trabalho.

É preciso. Respeito. Você e eu gostamos.

O capitão-presidente conseguiu criar  marca própria na comunicação.                     Acima de tudo e de todos, chula e caótica.

Qualquer freud pode explicar. Ao demonstrar aversão pela imprensa, a informação no sentido mais alargado, não tem como ser eficaz.

Sem saber onde o líder quer chegar, outros práticos serão guias pelos perigosos canais da navegação.

Qualquer botafogo vira timoneiro.

Quem dera, fosse só mesmo uma Elizabeth II.

Con o sin capitán,  la nave va.

Alcançou êxito com lives domésticas nas redes sociais. Perfeitas para passar a ideia de candidato de parcos recursos. Funcionou.  Acrescida da comoção pela recuperação da saúde. Do calor da refrega eleitoral. E do voto contra o partidão-mensalão-petrolão.

Ultimamente tem apresentado sinais da síndrome do doutor zé guará (com licença dos descendentes).                          Microfones brotam no seu caminho.  Nada a não declarar,  mesmo em assuntos dos quais, admite,  não tem conhecimento rudimentar.

Imaginando-se urologista, mete o bedelho. Vai fundo.  No primeiro orifício à esquerda.                                              

Ouve o galo cantar sem saber para qual terreiro recém-desmatado o INPE apontou.  E o resto do galinheiro, as raposas, a bolsa de valores e os investidores internacionais, assustados.

Sem falar nas traquinagens dos primeiros garotos, comunicólogos sem limites.

Não crê ser possível aprender com os inimigos, manter a autenticidade, assobiar e chupar cana.

Sin perder la ternura, jamás.

Que continue a falar de namoro, noivado, divórcio, casamento ou outra parva analogia ao gosto (discutível) mas que seja, pelo menos, introduzido por cumprimento mais urbano, adequado, cordial, civilizado.                                       E republicano.

Convenhamos,

Porra é foda.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *