CAMPANHA LIMPA
Mesmo sem contar com auxílio dos respiradores pagos, e nunca recebidos, o maior escândalo em que se envolveu a Governadora sobreviveu à pandemia, e está de volta.
Quem nunca limpou o salão que rebole a primeira bolota.
O gesto que parecia ser coisa de técnico de futebol estressado, depois de imortalizado por Joachim Löw e Francisco Diá, ressuscitou cheio de curtições nas redes sociais.
Há quem diga que o mal-costume é apenas um escape nos momentos de tensão e ansiedade.
Um estudo da Universidade de Saskatchewan, no Canadá, comprova que o hábito tão discutido na asséptica política potiguar, tem sua utilidade.
Melhora o sistema imunológico, devendo ser estimulado nas crianças, que precisam rolar mais pelo chão e não tomar tanto banho, para fortalecer as defesas contra os germes.
Não há proibição expressa em nenhum código, nem está sujeito às penas da lei.
Como no direito privado, o que não é proibido é permitido, que seja assegurado a todos o jus catucandi.
Até em Singapura, onde não se pode fazer muita coisa, falar mal do governo, mascar chicletes, muito menos jogar o mascado nas calçadas, não há proibições.
Manuais de boas maneiras não dizem quanto nem onde pode ser tolerado.
Danuza Leão que aprovou o uso do palito de dentes, com restrições (no banheiro e no escuro), nunca se manifestou a respeito.
O metereologista Gilmar Bristot não confirmou se a umidade relativa do ar, alta no nosso litoral, favorece ou não, o acúmulo dos mucopolissacarídeos nas cavidades nasais. Ou se tudo não passa de um simples vórtice tropical.
Flagrada numa demorada faxina durante cerimônia oficial, a cena virou meme quase com tantos likes quanto a do memorável churrasco na mesa diretora do Senado.
Marqueteiros e analistas políticos comissionados asseguram que o asseio corporal tão ingênuo e corriqueiro, só fez reforçar a imagem de origem popular da primeira mandatária.
Aposentados e pensionistas aceitam que as ventas poderosas continuem a ser exploradas ao bel prazer, onde e quando quiser.
Desde que os proventos permaneçam em dias, sendo pagos a cada quinzena.
(Esta asséptica discussão foi iniciada em 20/08/2019)
