Carro popular: Depois de 40 anos, Gol e Uno deixam o mercado
Do Estadão
Após quatro décadas de mercado, dois dos automóveis mais vendidos no País, responsáveis pela introdução de novas tecnologias e com legiões de fãs, vão deixar de ser produzidos.
Os ícones Fiat Uno e Volkswagen Gol são os últimos remanescentes da chamada era dos carros populares, que chegaram a responder por 70% das vendas no País.
Hoje classificados como “carros de entrada”, que são os mais baratos de cada marca, já não são tão atrativos em preços e são tecnologicamente defasados. Por isso, não têm condições de receber melhorias em segurança e eficiência energética.
O compacto Gol, hoje com 41 anos, embora ainda seja o carro mais vendido da marca (praticamente empatado com o SUV T-Cross), não tem mais a mesma representatividade que tinha nos 27 anos em que foi líder de mercado, de 1987 a 2014.
Sua aposentadoria está prevista para o fim de 2022.
O Uno talvez saia ainda este ano, embora a Fiat não confirme. O modelo que levou a marca ao status que tem hoje vendeu 19,3 mil unidades neste ano, enquanto o líder da marca, o Argo, vendeu 73,8 mil.
Com as aposentadorias de Uno e Gol, vão sobrar apenas dois modelos na lista dos carros de entrada, o Mobi e o Renault Kwid, de gerações mais recentes.
O que vem pela frente no segmento são carros de entrada superiores aos que havia anteriormente e, consequentemente, mais caros.
Representatividade ele tem, não tem é preço para ainda ser popular. Na comparação custo/benefício perde para outros modelos.