6 de maio de 2024
Homenagem

CASSIANO UMA VEZ 8.0

Contando com uma base eleitoral que já não dava mais para ser reeleito, o deputado estadual mais votado em 1950 (com pouco mais de 1700 votos),  sempre suplente e sempre  titular por obra do invencível PSD e graça do Majó Theodorico Bezerra, pensou em estratégia testada e comprovada.

Escolheu o filho mais velho, com precoce vocação política de menino-prodígio, orador que juntava gente aos 8 anos, nos comícios da campanha que elegeu Dix-Sept Rosado, governador.

Seria médico e quase dono de hospital filantrópico.

Tratou de conseguir verbas para construir a tão sonhada unidade da Associação de Proteção à Maternidade e à Infância de Nova Cruz que depois virou quartel de polícia.

E quando terminasse o curso científico, o destino do herdeiro político estava traçado: a boa-terra da Bahia, que formava os melhores e mais conceituados facultativos, seria sua régua e seu compasso.

Lauro Arruda Câmara só não calculou o risco que corria um adolescente, vindo do interior, com algum dinheiro no bolso, estudando em colégio com  nome de poeta-mor e fama de pagou-passou.

Os encantos mil e outros balagandãs soteropolitanos, somados à irresistível carona na caravana da esperança de Aluízio Alves e total apoio de Dona Joanita, adiaram o sonho de esculápio.

Começou foca, e em  jornal foi de tudo. Até dono.

Na rádio, cronista esportivo e de desfile de misses.

Na TV, apresentador de programa de entrevistas e presença diária.

Trabalhou na pioneira agência, quando a  publicidade ainda era chamada de propaganda, acumulando a função de estafeta e menino de recados de Câmara Cascudo, pai do patrão  Fernando.

Foi sócio-fundador de revista de assuntos econômicos e agência de publicidade, as mais bem sucedidas nos seus tempos.

Preso e anistiado político, professor universitário de prática e menos teoria, barnabé do estado, acadêmico imortal, são títulos que não podem faltar nestas breves notas biográficas, que devem ser lidas no tempo presente.

De quem além de jornal, rádio e TV, ainda bate um bolão de blogueiro neste Território Livre.

Do marido, pai e avô, que falem Nilma, Jacintho, Arturo, Laurita, Luísa, Cassiano Neto, Lourenço, Arturo Filho, Maria, Antônio e Anita.

Na homenagem pelo aniversário de número 80, o afilhado de crisma e casamento prefere  recorrer ao plágio da preferida sobrinha Olívia:

Cassiano, o melhor irmão do mundo

 

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