7 de maio de 2024
NotaOpinião

RN produz um terço da energia eólica do Brasil

Representantes de todos os setores classificam como “promissor” o futuro de energia eólica no Brasil, devido ao seu grande potencial, especialmente na região Nordeste.

A situação do Rio Grande do Norte é única. A tranquila situação de líder da produção nacional, ou produtor de um terço (32%) desse total, contando, neste momento, com o acompanhamento do Observatório da Indústria Mais RN.

E uma mostra eloquente deste desta liderança, foi reafirmada nos dois primeiros meses de 2024, com a instalação de mais 13 novos parques eólicos, representando uma potência em operação, da ordem de mais 9,43 gW de energia limpa.

Isto, segundo o Mapa das Energias Renováveis do Observatório da Indústria Mais RN, núcleo de planejamento estratégico contínuo, mantido pela Federação das Indústrias, que garante a veracidade desses números.

Só no ano passado, o Estado, registrou investimentos diretos de R$ 22,3 bilhões em novos projetos de investimentos em novos empreendimentos de geração de energia para fontes eólicas ou solares.

A GRANDE BARREIRA

A possibilidade de falta da uma rede de transporte de energia adequada as necessidades do Rio Grande do Norte são sempre lembradas por analistas independentes, pelo menos enquanto o problema não estiver plenamente resolvido. Isso pelas consequências que poderá acarretar, tanto para o desenvolvimento econômico quanto para a qualidade de vida da população potiguar.

Tais consequências são sequenciais e cumulativas:   A falta de uma rede de transporte de energia confiável pode resultar em interrupções no fornecimento de eletricidade. Isso pode afetar negativamente tanto os setores residencial quanto industrial, causando prejuízos sociais e econômicos.

Uma rede de transporte de energia eficiente é essencial para integrar as diferentes regiões do estado e promover o desenvolvimento econômico de forma mais equitativa. A falta dessa infraestrutura pode dificultar a comunicação entre áreas urbanas e rurais, limitando o acesso a serviços básicos e oportunidades de crescimento.

Sem a capacidade de transmitir a energia gerada por fontes renováveis, como a energia eólica, para outras regiões do país, há um desperdício dos recursos naturais disponíveis no estado. Isso pode representar uma perda significativa de potencial econômico e ambiental.

O RN é conhecido por seu potencial para energia eólica, mas sem uma infraestrutura de transmissão de energia adequada, os projetos de geração renovável podem não ser totalmente aproveitados. Isso limita o desenvolvimento do setor de energia limpa no estado, que poderia gerar empregos, atrair investimentos e contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

O Governo Federal garante recursos de R$ 1.97 bilhão, por conta do primeiro leilão de transmissão que vai ocorrer ainda este mês, dia 28, em São Paulo. E não faltará mais dinheiro para o transporte de energia.

A FORÇA SOLAR

Isso ocorre numa hora em que a energia solar está chegando com força, com a exploração da chamada banda setentrional, para usinas off shore, que aumenta o somatório das vantagens do RN sobre todos os outros Estados, em razão de suas condições peculiares também no mar.

Com a aprovação de usinas de energia solar, o Rio Grande do Norte não sofre ameaça de esvaziamento em novos projetos. Pelo contrário. Suas vantagens são cumulativas, em qualquer dos dois sistemas para produção de energia limpa.

Na produção off shore os custos do RN são infinitamente menores do que qualquer outro, pela pouca profundidade do mar, assim como as outras condições meteorológicas.

Além disso é necessário acrescentar um outro componente fundamental: a mão de obra altamente qualificada. O RN já tem um programa, de abrangência mundial, em pleno desenvolvimento, voltado para atender a futura demanda para hidrogênio verde.

NÚMEROS DO LIDER

O custo de instalação de energia eólica tem diminuído significativamente nas últimas décadas, tornando-a uma das fontes de energia renovável mais competitivas em termos de custo.

Mas, os custos operacionais e de manutenção podem variar dependendo de vários fatores, como tecnologia de turbinas, acesso a áreas de serviço, políticas governamentais e regulamentações ambientais.

Para uma estimativa mais precisa do custo de produção de 1 gigawatt (GW) de energia eólica, seria necessário considerar dados específicos do projeto. Recomenda-se consultar relatórios de mercado, estudos de viabilidade e empresas especializadas em energia eólica para obter informações atualizadas e precisas sobre os custos envolvidos.

Esse quadro vai se tornando cada vez mais importante, porque estamos entrando na fase decisiva dos investimentos em novas usinas de energia limpa, onde cada detalhe pode ser importante para o custo final das várias etapas do processo produtivo.

O RN tem 26 parques eólicos menos do que o Estado da Bahia (319). O RN tem 293 parques e produz 9,43gW, o que representa 32% de toda a geração de energia eólica do Brasil, um terço de toda a produção nacional. Isso sem levar em conta a qualidade do vento para a maior produção de energia.

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