Chapa Lula/Alckimin teria São Paulo como adversário

Por Mônica Bergamo na Folha 

Uma das pedras no caminho da formação da chapa de Lula para presidente, e Geraldo Alckmin vice, é a eleição no estado de São Paulo em 2022.

O ex-governador tem como uma de suas prioridades derrotar o grupo de João Doria em São Paulo, que vai lançar o atual vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) para a sucessão.

Alckmin já manifestou a interlocutores preocupação com a possibilidade de ele sair da campanha para o governo e, com isso, ver os votos de seus eleitores, de centro e centro-direita, migrarem para Garcia.

O vice-governador de São Paulo tem hoje apenas 5% dos votos.

Mas, com o apoio da máquina partidária e do estado, é visto pelos adversários como candidato forte à sucessão de Doria.

As lideranças que apoiam a chapa de Lula com Alckmin afirmam que a saída do ex-governador da disputa paulista, na verdade, ajudaria na formação de uma aliança do PT com o PSB, partido ao qual ele se filiaria.

Unindo o ex-prefeito Fernando Haddad e o ex-governador Márcio França numa mesma chapa, a oposição teria força suficiente para se contrapor ao grupo de Doria em SP.

DO TL 

Em todas as pesquisas para o Governo de São Paulo, Geraldo Alckmin é o favorito nas eleições de voto.

Na última DataFolha, apareceu com 26%, seguido por Fernando Haddad com 17%.

Ele hoje é disputado por PSD, União Brasil e PSB, para citar os maiores.

Resta saber o que faria ele abrir mão do Governo do seu estado para ser vice de Lula, o adversário histórico de seu PSDB e de seus discursos? Qual motivação justificaria essa aliança?