28 de abril de 2024
Nota

Cobertura dos fugitivos de Mossoró tem caso análogo

Desde 14 de fevereiro que os meios de comunicação no RN (assim como os principais veículos de comunicação de todo o Brasil) estão se virando para conseguir novidades sobre a super operação policial realizada para prender os dois primeiros fugitivos de uma Prisão Federal no Brasil. Fato que mobiliza 600 agentes policiais (100 da Força Nacional), sete helicópteros, com integração das policias de dois estados, assim como de todo aparato de segurança de cinco Estados nordestinos Foi a primeira fuga de um presídio federal no Brasil, e os fugitivos continuavam sendo procurados no meio da mata, até sexta-feira. E as notícias são de um raio de 50 quilômetros da Penitenciária Federal de Mossoró.

Essa cobertura policial, em quase um mês, só tem paralelo num fato que nunca existiu, mas movimentou o noticiário policial do “Diário de Natal”, principal órgão de comunicação do RN na época, quando não tinha televisão local e que
sustentou-se ao longo dos anos de 1967 e 1968: um “Vampiro nas ruas de Natal”.

Criação do redator Sanderson Negreiros, acolitado pelo repórter policial Pepe do Santos. Essa história começou no Alto do Juruá, desceu a rua Dois de Novembro e espalhou-se por toda a cidade. Perturbou o delegado Ernani Hugo (“O bigode que prende”). Ai vão algumas manchetes do Diário: “Vampiro na 2 de Novembro”, “Policia vigia o vampiro durante toda noite”, “Vampiro retorna de madrugada e Policia promete que vai prender”, Sem falar numa notícia real onde o “Vampiro” terminou preso de verdade: um personagem verdadeiro protagonizado por um cidadão comum, que não tinha nada do outro mundo, mas teve a infeliz ideia de usar uma capa preta para circular pela noite daquela Natal de menos de 200 mil habitantes: “Vampiro de roupa e capa preta preso ontem”. Fato que terminou na Justiça. De verdade.

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