6 de maio de 2024
Nota

Corda esticou: Governo brasileiro reage a Israel e determina retorno de embaixador ao Brasil

 

O embaixador do Brasil em Israel (centro), Frederico Meyer, visita o Yad Vashem, em Jerusalém, ao lado do chanceler Israel Katz 

A crise diplomática foi tema de discussão no em reunião no Palácio da Alvorada nesta manhã, com os ministros Paulo Pimenta (Secom), Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) e o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim.

As declarações também suscitaram respostas da comunidade judaica brasileira.

O embaixador do Brasil em Tel Aviv, Frederico Meyer, foi chamado de volta ao país por Lula (PT) para consultas.

A embaixada brasileira agora ficará temporariamente liderada por um encarregado de negócios.

A medida é tomada quando um país quer explicitar contrariedade com os atos de outra nação. É um sinal de agravamento da crise, mas não é, ainda, um rompimento de relações diplomáticas.

No caso, ela é uma resposta ao fato de Israel ter convocado o diplomata para uma reprimenda ao Brasil depois que o petista comparou o que ocorre na Faixa de Gaza ao Holocausto.

EMBAIXADOR HUMILHADO 

Lula considerou que o embaixador Frederico Meyer foi humilhado, e que, por representar o país, o desprezo com que Israel o tratou foi dirigido a todo o Brasil.

As declarações de Lula abriram uma crise diplomática com o governo israelense.

Lula agora retribuí na mesma moeda ao convocar Frederico para voltar ao Brasil.

A convocação de Frederico para ir ao Memorial do Holocausto foi um recado claro e simbólico. Criado em 1953, o espaço em Jerusalém reúne vários museus, centros de pesquisa e educação sobre o Holocausto nazista, que matou 6 milhões de judeus.

Mônica Bergamo para Folha 

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