Daniel Alves seria uma carta no colete de Tite para lidar com Neymar
Por Robson Borelli, editor de esportes do Estadão
Tite está seguro com Daniel Alves, talvez o único nome de sua lista para a Copa a torcer o nariz do torcedor.
O treinador não titubeou ao mostrar a convocação da seleção brasileira para a Copa do Mundo nesta segunda-feira.
Teve de se explicar sobre o lateral-direito. Não conseguiu. Ninguém entendeu nada. Ninguém também esperava Dani na relação. Pode ter sido seu maior equívoco olhando para todos os aspectos: físico, técnico e tático. Mas não de grupo.
Daniel pode ter sido uma carta no colete para que o Brasil tenha Neymar como nunca antes em Copas. Ambos se dão muito bem. Daniel é capaz de falar para o jogador do PSG o que nenhum outro da comissão técnica teve coragem na Copa passada.
Na Rússia, ninguém peitou as bobagens e os caprichos do garoto.
Neymar ainda é o melhor jogador do Brasil. Disparado. Mas ele não está mais sozinho. Vini Jr. vai dividir com ele o protagonismo do time. É tão perigoso quanto. Vini segura a marcação baixa. Do outro lado do campo, pela direita, há outras duas opções: Antony e Rodrygo. São tão espertos e adeptos ao drible quando Vini. O Brasil tem nove atacantes e isso fará a diferença.
Tenho um time base: Alisson; Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro, Fred e Neymar; Vini Jr, Richarlison e Antony. Mas com algumas variações.
Levar Neymar para o ataque e tirar Antony. E assim abrir uma vaga para Paquetá no meio de campo. Tite terá dez dias para preparar o time.