1 de maio de 2024
Coronavírus

DE PORTÕES FECHADOS

Soccer ball with mask due to air pollution or an epidemic. Protection from viruses, infections, exhaust gases and industrial emissions (Soccer ball with mask due to air pollution or an epidemic. Protection from viruses, infections, exhaust gases and i

Nossas autoridades, incluídas as sanitárias, não devem acompanhar o noticiário da vibrante crônica esportiva. Escrita, falada e vista.

O jogo é com portões fechados. Não sabiam?

Sem platéia.                            

Todos somos jogadores.

Com arquibancadas vazias, não adianta querer aparecer para a torcida.

Sem essa de lances de puro marketing.

A regra é clara. Simples assim.

Ele contra nós.

Da fúrcula pra baixo, é tíbia.

Vale tudo.
Menos, embromação.

Placar na caderneta que registrou o buraco do baralho no veraneio e agora, anota números atualizados das covas rasas dos cemitérios.

Na relva verde, os esquadrões contentores e o trio de quatro ou cinco filhos da mãe do árbitro.

Testemunhas, só a imprensa para divulgar os resultados, criticar e fazer a análise abalizada de como os times  estão se portando dentro das quatro linhas.

D0D9DD27-B5B8-42AE-9D53-636B3A7C49CADepois de uma longa, cansativa e atemorizante excursão que começou no Estádio Monumental de Wuhan,  os visitantes surpreenderam as melhores e mais ricas equipas do mundo.

Ao sair da China, passaram uma curta quarentena, em treinamento, por Hong Kong, Singapura e Seoul.        

Fizeram um rápido e surpreendente pit stop em Teerã para chegar chegando, nos palcos sagrados do ludopédio.

De cara, acabaram com a Campion’s League.

Tiraram de campo Barcelona, (Real) Madri, Paris, Porto, Bérgamo, Liverpool. Em cada praça, uma correria. Pânico geral. Eles arrasam. Até agora, estão imbatíveis.

Os invictos cruzaram o Atlântico e parece, dividiram o plantel em dois grupos.                                         

Os mais veteranos,  escalados para atacar  Nova Iorque e depois fazer toda a América. Os oriundos das bases, estão procurando jogos nos  maiores aglomerados da América do Sul.

Querem pelejar em Buenos Aires, São Paulo, Rio de Janeiro, Bogotá e Santiago.

Eles têm jogador em banda de lata. Parece que  não acaba mais.

Suas táticas não se consegue decifrar. Quem poderia, o Mister, foi logo posto fora de combate e devolvido à terrinha.

Os adversários têm surpreendido pela estilo de jogo que, com toda certeza, irá mudar a maneira de jogar de todas as agremiações futebolísticas do mundo.

De Rego Moleiro a Saint Germain, não se fala noutra coisas.

Estão quebrando todos os paradigmas.

Trouxeram um time muito jovem, completamente desconhecido, até pelos experts, pessoas que realmente entendem e se dedicaram ao esporte durante toda a vida.

Mesmo assim, a diferença com a nossa formação é gritante.

Não adianta, nessas alturas do campeonato, reformar velhos estádios. Estão sucateados, cheios de infiltrações. Obsoletos. Teriam a mesma eficácia do abrigo de um vão de viaduto.

Transformar hotel falido em novas canchas. Tenham paciência.

Nossos cartolas agora deram pra querer contratar novos jogadores. As janelas de transferências estão fechadas. O mercado sempre foi muito  pobre em centroavantes. Demora treiná-los. A maioria dos atletas prefere posições na retaguarda. Quando muito, os que batem com as duas, vão pro meio-campo.

Se inventam de mandar pro sacrifício os garotos do sub-28, vai ser outro desastre. Maior ainda que o do calcio.

O que se tem de fazer é abastecer onde a gente costuma jogar. Dar uma boa arrumada. Otimizar os espaços.

Transformar  esses campos todos, em DMs. Exclusivos. Com vaga só pra quem chegar lesionado.

Revisar os equipamentos. Que não se consegue trocar por novos. Mesmo com a dinheirama  dos empresários, sumiram das prateleiras e os gringos não vendem mais.

Não pode é mandar nosso escrete, tão jovem, enfrentar as feras, sem uniforme completo.

Focar nisso. Ir pra cima dos EPIs com a vontade que o faminto ataca um prato de comida.

O que se pode fazer agora, quando a bola já está rolando?

Dizer a todos que permaneçam em casa. Ouvindo o jogo no radinho de pilha. Vendo os piores lances na TV. Passando seus conhecimentos de peladeiros para as patroas.

Os masters, ficam completamente alijados da partida. Nem devem ir à lanchonete, no intervalo.

Bola pra frente.

Quando puder, a galera com menos de 60 volta a discutir futebol com os amigos.

E política.

E coronavírus.

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