12 de maio de 2024
Nota

Depoimento sigiloso de Freire Gomes começa a vazar e aponta para duas minutas de Golpe

O ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, disse em depoimento à Polícia Federal que se opôs aos planos golpistas de Jair Bolsonaro.

O depoimento de quase oito horas ocorreu na sexta-feira (1) e está em sigilo, mas fontes a par da investigação relataram o conteúdo à equipe da coluna.

O general afirmou ainda à PF que se manifestou contra qualquer ação que impedisse a posse de Lula tanto diante de Bolsonaro como no Ministério da Defesa, em discussões reservadas com generais sobre o assunto.

No depoimento, o ex-comandante do Exército também forneceu detalhes da reunião em que se discutiu a minuta do golpe mencionada na delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que firmou acordo de colaboração com a PF.

O depoimento do ex-comandante ainda está mantido sob sigilo, mas a expectativa é de que o ministro Alexandre de Moraes divulgue o seu inteiro teor em breve.

Freire Gomes depôs na condição de testemunha e como ajudou no aprofundamento da apuração, integrantes da Polícia Federal avaliam que a postura colaborativa afasta o risco de o ex-comandante ser acusado de prevaricação, como querem militares bolsonaristas em retaliação ao general.

Num desses diálogos, Braga Netto criticou Freire Gomes por rejeitar plano golpista e o chama de “cagão”. “Oferece a cabeça dele”, escreveu Braga Netto sobre o general, em mensagem endereçada a Ailton Barros, ex-militar que foi candidato a deputado estadual pelo PL.

Por Malu Gaspar para o Globo 

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