Dinheiro pelo ralo: Desistência de candidatos à Presidência custou mais de R$ 15 milhões
Do Globo
Três dos principais partidos do país, PSDB, Podemos e União Brasil gastaram cerca de R$ 15 milhões com pré-campanhas à Presidência da República que ficaram pelo caminho.
Ao menos parte do dinheiro usado para custear atos de pré-campanha, propagandas e até salários dos pré-candidatos saiu do fundo partidário, abastecido com recursos públicos.
Os números constam nas prestações de contas enviadas pelas legendas à Justiça Eleitoral.
Cada um dos três postulantes teve direito a R$ 4,2 milhões para pagar os custos de suas pré-campanhas nos estados. Dentre os gastos mais significativos, estão R$ 2,6 milhões desembolsados a empresas que desenvolveram uma ferramenta de votação online.
SERGIO MORO RECEBEU R$ 22 MIL POR MÊS
Já o Podemos apostou no ex-ministro da Justiça Sergio Moro para disputar a Presidência. O partido bancou um endereço em São Paulo para abrigar a campanha, pagou salário fixo de R$ 22 mil por mês ao ex-juiz e manteve um marqueteiro à disposição dele.
Só o evento de filiação de Moro custou em torno de R$ 200 mil. Já neste ano, o ex-juiz alegou desentendimentos internos e migrou para o União Brasil, pelo qual deverá concorrer ao Senado pelo Paraná.
O prejuízo total da empreitada foi estimado em cerca de R$ 2 milhões.
DO TL
A utilização do fundo partidário é legal e disponível a todos os candidatos, mas há quem abra mão.
É o caso do senador do Styvenson Valentim do Podemos, ex-partido de Moro, que pretende fazer sua campanha sem usar dinheiro do partido.