17 de maio de 2024
Nota

Diretor da escola da Assembleia é acusado de assédio, pede exoneração e deputados silenciam

É,  sem dúvida,  o assunto mais comentado desta segunda-feira, 17.

O Ministério Público do Rio Grande do Norte recebeu denúncia ao professor e agora ex-diretor da escola da Assembleia Legislativa, João Maria Lima  por assédio moral e sexual contra a jornalista Sayonara Alves.

O fato veio à tona pelo Blog do Dina, que não é qualquer blog por aí, franco atirador. É editado por Dinarte Assunção, jornalista e repórter profissional, que tem por característica  apurar o que escreve.

Ele mesmo, aliás, já integrou o quadro de profissionais de Comunicação da Assembleia Legislativa, de onde pediu exoneração em 2019. Sabe, portanto, o terreno que está pisando. Assim como sabe o custo da leviandade, irresponsabilidade em se transmitir inverdades.

A matéria traz detalhes sobre supostos assédios à jornalista, que vão de contato físico como “cheiro no pescoço” a mensagens inadequadas, convites para clubes noturnos em São Paulo  e ajuda para resolver questões financeiras.

Sayonara estaria sofrendo desde o ano passado a pressão do seu superior hierárquico. E, por último, resolveu transformar as provas que diz ter em denúncia ao Ministério Público.

A Justiça vai apurar, a partir de um inquérito que já está sob a responsabilidade da Polícia Civil do Rio Grande do Norte.

O professor denunciado distribuiu nota a setores da mídia se dizendo vítima de uma narrativa caluniosa e que não foi exonerado, mas que pediu para sair como melhor maneira de esclarecer a trama que foi envolvido.

Sou o maior interessado na apuração rigorosa dos fatos, e, portanto, já solicitei exoneração do cargo público que exerço em respeito ao cargo público que sempre mantive. 

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte também divulgou nota, sem assinatura,  afirmando que “resolveu exonerar” o diretor. Esqueceu de dizer que foi “a pedido”.

Não há notícia até agora de nenhum dos 24 deputados da Casa se manifestando sobre o lamentável fato.

Desses 24, cinco são deputadas eleitas com a bandeira da defesa da mulher.

Até agora, nada…. Nem para registrar indignação, solidariedade ou animus de apurar o fato “com rigor e justiça”.

Aquelas palavras de ordem tão frequentes nas campanhas que eles inundam suas redes sociais e replicam sem pudor nos palanques eleitorais.

Quando o assedio tem rosto e nome, a indignação fica para lá de silenciosa.

Que a verdade venha à tona. O TL torce para divulgá-la.

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