28 de abril de 2024
CIÊNCIACoronavírus

Eficácia das vacinas parece diminuir contra a Delta, mas o sistema imunitário tem uma carta na manga

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Fonte: Damian McNamara para a Medscape, setembro de 2021

Estudos recentes (mas não todos) mostram uma redução na eficácia das vacinas anticovídicas de RNA mensageiro (RNAm), especialmente com a alta da variante Delta. Mas as vacinas continuam a oferecer uma proteção robusta contra a covid-19 grave.

Um estudo em pré print da Clínica Mayo, por exemplo, descreveu que as vacinas anti-Covid da Moderna e da Pfizer/Biontech foram extremamente eficazes na prevenção de infecção pela variante Alfa, com 86% e 76% de eficácia, respectivamente.

No entanto, diante da recente prevalência da variante Delta nos Estados Unidos, a eficácia da vacina da Moderna caiu para 76% e a da Pfizer caiu para 42%.

Mesmo com a variante Delta em circulação, as duas vacinas permanecem conferindo alta proteção contra hospitalização: de 75% a 81%.

Essa discrepância pode ser pelo menos parcialmente explicada pela forma como diferentes partes do sistema imunitário respondem à infecção.

“É muito plausível”, disse ao Medscape o Dr. Alessandro Sette.

Os anticorpos neutralizantes produzidos a partir da vacinação circulam no organismo, reconhecem e ligam-se aos vírus, evitando que estes entrem nas células e se repliquem.

“É provavelmente como obtemos imunidade celular”, disse o Dr. Alessandro.

No entanto, ao entrar na célula o vírus deixa de ser acessível aos anticorpos, explicou o médico, que é professor no Center for Autoimmunity and Inflammation e no Center for Infectious Disease and Vaccine Research do La Jolla Institute for Immunology, nos EUA.

“O sistema imunitário realmente atua em conjunto contra os invasores”, é como ir para a guerra com o exército, a marinha e a aeronáutica juntos, disse o especialista.

Há dois tipos de células T: as auxiliares, que reconhecem as células infectadas e então estimulam as células B a produzirem anticorpos e combatê-las, e as eliminadoras, que, como o nome sugere, reconhecem e eliminam as células infectadas.

“As células T, em especial, têm menos capacidade de evitar a infecção do que de modular ou debelar a infecção”, explicou.

Apesar de os anticorpos poderem perder um pouco da capacidade de neutralizar uma variante, “o que o nosso e outros laboratórios têm mostrado é que a resposta das células T permanece intacta”, disse o Dr. Alessandro. Portanto, mesmo que o vírus vença a linha de defesa montada pelos anticorpos e infecte a célula, as células T ainda podem atacar”.

TL Comenta:

À medida que a carruagem da Ciência segue a jornada, os carros da caravana vão se ajustando.

Conceitos execrados pela turba de adoradores do controle político da pandemia e da mídia, começam a emergir do mar da intolerância.

“Imunidade de rebanho” é boa e precisaremos dela, a soma da  adquirida pela vacina e naturalmente.

Imune, ninguém fica. Ainda.

Como adoecer continua sendo uma possibilidade, os mesmos laboratórios que produzem vacinas estão numa corrida para encontrar uma droga oral,  para o início da doença.

Antes da CPI, isso era chamado de “tratamento precoce”.

Nunca é demais repetir que a “Medicina é a Ciência das verdades transitórias”.

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