Em editorial, Folha diz que Ministro acerta em NÃO colocar Forças Armadas nas ruas do RN
Há uma semana o Rio Grande do Norte conta também com milhares de especialistas em Segurança Pública.
A turma que entende tudo de futebol, Covid passa agora a opinar também sobre o menor caminho para combater o Crime Organizado no Estado.
Nas discussões dos grupos de zap o erro de não colocar as Forças Armadas nas ruas vem sendo uma das maiores causas da falta de controle da crise.
Hoje, o Jornal Folha de São Paulo aborda o tema em Editorial e justifica a decisão acertada (para o impresso)do ministro Flávio Dino.
Segue o texto…
Foi decerto no afã de realizar esse desiderato que o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) apresentou um requerimento cobrando o envio das Forças Armadas ao Rio Grande do Norte, por meio de uma missão de Garantia da Lei e da Ordem —a famigerada GLO.
O pedido, no entanto, encontrou a objeção de Flávio Dino. Com razão, o ministro da Justiça ponderou que o emprego de fardados deve ser visto como espécie de remédio extremo para situações de colapso das demais tropas de segurança, o que está longe de ser o caso.
As Forças Armadas, vale lembrar, não têm vocação para cuidar da segurança pública. Utilizá-las amiúde no papel de polícia representa um duplo risco: o de abusos contra civis e o de cooptação de militares pelas facções criminosas.
Recorrer à Força Nacional, como fez Dino, é a melhor solução para episódios como esse. Composta sobretudo por policiais estaduais, a tropa tem mais expertise no trato de questões urbanas.
De acordo com o ministro da Justiça, o reforço federal montou a mais de 700 agentes. Além disso, pelo menos dez detentos foram deslocados para presídios federais.
As iniciativas devem bastar para devolver a paz às ruas potiguares e para apertar o cerco sobre os líderes que, estando dentro ou fora do cárcere, ordenaram os ataques.