2 de maio de 2024
Coronavírus

ENQUANTO O FORNO AQUECE

 

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Antes que incrimine o
vírus como responsável único pelos estragos e danos ao erário e morra  pagã, é bom que a mais barulhenta investigação do Senado seja logo batizada.

CPI da Cloroquina.

Pelo elevado número de ex-ministros a serem ouvidos e a capacidade que têm demonstrado de não dizer quase nada, nem mesmo o que já tenha saído em todos os blogs, de Serrinha dos Pintos a Chapecó e em papos animados nas praças de alimentação, o muído será grande sobre o remédio tão antigo quanto barato.

Pela fixação demonstrada pelo relator no seu plano de trabalho, nem tudo terá espaço e tempo para a merecida atenção.

A começar pela senhoras senadoras que aceitaram, com protocolares e  regimentais protestos, assistir, do fundão da sala, as reuniões do clube do bolinha. Se bem que algumas espevitadas lulus tenham mantido a prerrogativa do gênero, de falar pelos cotovelos, ressalvada a proibição do voto.

Os primeiros movimentos indicam que as buscas devem chegar às portas da segunda casa mais vigiada do país, correndo o  risco de encontrar uma multidão de gatos pingados, aos gritos de Ele não.

Podem dormir tranquilos os prefeitos que investiram generosas verbas federais em túneis de descontaminação e na fumigação dos pneus dos automóveis.

Serão apensados aos documentos, milhares de trabalhos comprovando cientificamente que a ação impediu que o corona adentrasse as cidades, sem causar maiores danos aos munícipes, além de uma alergiazinha boba.

Despreocupados, seguirão os professores-doutores que orientaram as donas de casa na correta esterilização de todas as compras. Cuidadosa e individualmente.

Os tonéis do líquido essencial, na forma de gel, ajudaram no giro da economia, com aumento significativo da produção da agro-industria sucroalcooleira alagoana.

Todos esforços e recursos  para introduzir nos serviços de tratamento intensivo, a extrema terapia com plasma convalescente, certamente não serão mensurados pelos experientes  parlamentares,  ocupados em relembrar os velhos tempos da prática da Clínica,  soberana à Medicina baseada em parafernália e aparelhos de nomes complicados de dizer.

Os governadores não terão de recorrer a muitos argumentos para explicar a demora no recebimento de equipamentos.

Quem compra pela internet e paga com pix sabe muito bem a paciência que se deve ter com as encomendas na Wish e Alibaba.

Para que a pizza não fique esturricada, o jeito é convidar um cientista de verdade e peso para lembrar o que se passava pelas cabeças pensantes enquanto testavam as primeiras armas, no começo da invasão.

O Profº Harvey A. Risch da Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale, autor de trabalho  publicado no  American Journal of Epidemiology em maio de 2020, que dizia:

O tratamento ambulatorial precoce de pacientes sintomáticos e de alto risco para Covid-19 deve ser intensificado imediatamente, como a chave para a crise pandêmica.

Um tratamento ambulatorial que impeça  a hospitalização é desesperadamente necessário.

Esses medicamentos precisam estar amplamente disponíveis e promovidos imediatamente para a prescrição médica.

Ou quem sabe, não seja melhor suspender os trabalhos até que o National Institutes of Health conclua, na matriz, o ensaio clínico já em fase 3, randomizado e controlado por placebo que testa vários medicamentos usados no tratamento  dos sintomas iniciais?

Enquanto isso, que tal aprovar em caráter de urgência, dispensadas as formalidades processuais, em sessão virtual, uma lei que obrigue algumas autoridades a usar, além de máscaras, focinheiras?

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