3 de maio de 2024
Comportamento

ENTRANDO EM ALPHA

Uma escola rural (1890)- Edward Lamson Henry – Galeria de Arte da Universidade de Yale, New Haven, Connecticut, EUA


Um mundo melhor, como nunca existiu.

É o que se espera dos netos dos baby boomers,  nascidos de 2010 pra cá.

A vez, a hora, a pós-pandemia e o futuro, a eles pertencem.

Uma turma  se preparada para consertar os malfeitos e estragos deixados por quem veio antes , ficou pra trás ou ainda está bulindo por aqui.

Na sucessão de gerações, depois das X, Y e Z, na  falta de mais letras no alfabeto, foi dado reset, reinicializada e batizada de Geração Alpha.

Crianças que já nascem em ambiente tecnológico são mais independentes e aptas para resolver problemas.

Recebendo carga maior de estímulos, mais inteligentes e resolutivas se mostram.

Vivem em ambiente com menos hierarquia, mais diálogo e diversidade.

Não adianta reclamar que acabou o respeito aos pais.

Melhor economizarmos o pouco tempo que nos resta.

Eles não vão  pedir a benção, nem permissão para fazer o que acham certo.

Nem a pau.                  

É bom já-ir-se-acostumando.
Papai  e mamãe, vocês vão ser chamados é de
vocês, mesmo.        

O Senhor e a Senhora estão no Céu, diria nossa bisavó.

Serão cada vez mais independentes.

Naturais.

Ecológicos.

Sinceros.

Felizes.

Trabalharão muito menos que nosotros, os velhos burros de carga.

Acumularão menos.

Viverão com o essencial.

Sai o lazer, entra o viver.

Completamente.

O resto, a inteligência artificial proverá.

Solte-se a imaginação.

Alada.

Quais serão as atividades de um médico que vai colar grau (será encontrado outro termo com menos naftalina) em 2040?

Cirurgião, não vai ser.

O robô já está quase operando sozinho.

Radiologista?                               

A transsonância fará o exame e mandará imagens esculpidas e laudos para o cleverphone do médico.

Vai ser preciso, um médico pra fazer, o que?

Consultas, pedir exames, prescrever.                            

Vôts, essas coisas de 12?                                                

2012

Quem vai substituir o esculápio, o nome ninguém sabe.                                               

A profissão ainda não existe.

Muito menos, conhecidas suas competências .

O próprio paciente.                 

Ou melhor, a própria pessoa que quer saber o que não está funcionando bem no seu corpo, vai alimentar o Health Card com o rol dos sintomas e um algoritmo, calculado ali, na lata, soltará um diagnóstico no capricho.

Com 99,9% de acerto.

Acompanhado do esquema terapêutico.

O que ainda não dá pra prever é o que será feito das coisas obsoletas e inúteis.

E dos políticos.

Aceitam-se sugestões.    

Enviar mensagem teletransmutável  para a AAAG.

Administração Automatizada Autônoma Global.

 

Uma rua da vila, (1916) – Edward Lamson Henry – Museu Shelburne, Vermont, EUA


(Texto atualizado de reflexões publicadas em 23/07/2019)

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