PESSOAS II
Stanislaw Ponte Preta quando fez a previsão que o terceiro sexo iria tomar o lugar do segundo, só não disse que a colocação seria disputada por tantos, tantas e tantes, com suas complicadas denominações e siglas.
Originais, congênitas, adquiridas e adaptadas não têm se entendido, sobrando para quem sempre soube o que era pedra e qual pau, era pau de verdade.
É de bom alvitre e juízo aprumado que se acostume logo a não jogá-las no mesmo balaio de gatas.
Pelo que se tem visto, as aparências continuam a enganar desligados, incautos e ídolos do esporte betrão.
Atletas que trocaram de sexo social continuam comprometidos com a causa da testosterona.
Não se tem notícia de nenhum homem trans que tenha se destacado no MMA.
Esta incógnita só será bem resolvida se a igualdade resultar de uma complexa equação sexual.
Quem parece, não é, e não quer ser chamada do que faz tanto sacrifício para parecer.
Tudo que exigem agora, é serem conhecidas simplesmente como pessoas.
Um golpe mortal no machismo e na misoginia.
A genética mendeliana já garantia ao gênero que veio da primeira costela, de nascença, uma pequena vantagem numérica.
Agora, com a adesão voluntária da multidão que sofre a mutação fenotípica artificial, alcançaram maioria inconteste.
Aos que já perderam a guerra dos sexos, cabem obediência e honras às vencedoras.
Resta aos negacionistas de todo gênero, organizar o MPSV.
Movimento das Pessoas Sem Vagina.
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(Este assunto voltará ao TL cada vez que for acrescida uma letrinha à sigla LGBTQIAP+)