3 de maio de 2024
Opinião

Era uma vez, uma família que pregava o que não fazia…

Derechos-Humanos.-Alienación-Parental

Último final de semana do ano e algumas reflexões chegam sem cessar.

É a vida mental se sobrepondo ao relato dos noticiários.

Daí um pequeno registro dela nessas mal traçadas a seguir.

É que a vida real, atendendo as necessidades do cotidiano, teima em desmentir  a coerência da vida falada com o vivido por cada ser humano – conhecido ou nem tanto assim.

Mas revela que a verdade, ela, a busca,   é cada dia mais diferente do que se prega sob holofotes, palanques e afins.

Algumas mais distintas do que outras, claro.

Num mundo distante daqui,  alguns programas eleitorais teimam em confundir pauta político-administrativa com “religião e bons costumes” .

Nesse tal lugar imaginário,  seria inconcebível a cena de um marido deixando a mulher às vésperas de uma cirurgia para passar o último dia do ano longe – de tudo e de todos.

Essa gente tem muita imaginação e  adora “fake news”, não?

Neste mesmo programa de mentirinha,  seria difícil imaginar a mãe/mulher/célula mater de qualquer família dita tradicional,  afastada da única filha no último dia de um ano tão profícuo e ” abençoado pelo Senhor”.

Geralmente, é quando se agradece e deseja melhores dias para os homens e mulheres de bom coração no ano que se aproxima.

Mas isso seria num mundo também muito distante, onde  muito se JULGA os outros,  famílias homoafetivas ou destituídas de pai ou mãe.

Esses não, eles pregam ser exemplo de solidariedade, unidade, tolerância e paciência entre seus membros. Palavras…

Talvez, um dia, esses personagens consigam enxergar uma família – normal –  quando um quer pescar, enquanto o outro prefere se submeter a cuidados médicos; “bestas ou necessários”. Mesmo que no último dia do ano. Mesmo sem contar com o apoio e presença do próximo mais próximo.

Nesse exercício (incrível)  de se colocar no lugar do outro, enxergando suas próprias imperfeições/falhas/fraquezas,   a certeza de que  o recomeço pode ser tentando aproximar o que se PREGA do que se FAZ.

Ou, pelo menos, reconhecido sua finitude, limitação condição de ser … humano.

E aí, quem sabe, a construção de um mundo muito mais unido e real com virtudes e defeitos.

Com a verdade ACIMA de tudo e TODOS.

FIM…

 

 

 

 

 

One thought on “Era uma vez, uma família que pregava o que não fazia…

  • observanatal

    A verdade é relativa. Dizem que há a sua verdade, a minha verdade e a verdade.
    Querer a verdade e ainda não julgar o outro, é pedir muito. Se colocar no lugar do outro? Está em falta.
    Vivemos tempos difíceis. Estamos em tempos em que não se freia mais o que se diz, o que se faz, e com essa falta de freio percebemos que estamos voltando para o primitivismo, quando agíamos por puro instinto, impulso, sem filtrar palavras e atitudes. Tudo podia, tudo era normal. E é o que passamos hoje.
    Enxergamos o outro conforme aquilo que temos de memória dele, ou ideias pré-concebidas sobre o outro, e isso se torna a única verdade no Universo sobre aquela pessoa. As pessoas mudam, ou a verdade sobre elas aparecem de forma crua, e precisamos estar prontos para isso. Ficamos com o que vemos, depois de analisado, ou nos afastamos em direção ao que consideramos real.
    FIM

    Resposta

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