1 de maio de 2024
Democracia

Ex-ministro Ayres Britto quase “estupefato” com os atos antidemocráticos Brasil afora

No inconformismo instalado pós-eleição é possível identificar hoje nas redes sociais mais constitucionalistas de botequim do que técnicos de futebol. Este descompasso até Tite divulgar sua Seleção nesta segunda, claro.

Enquanto isso, as teorias, agressões e licença para ultrapassar limites da Lei maior do Brasil pululam nas torcidas, que ainda não recolheram suas bandeiras depois do apito final no domingo, 30.

Rodovias interditadas, pessoas nas frentes dos quartéis com bandeiras e faixas em punho , pedindo SOS às Forças Armadas. Não é golpe, não são golpistas, diga-se, mas patriotas que não reconhecem o resultado legítimo das urnas.

Acreditam que o resultado foi alterado.

Não acreditam apenas nisso, mas  pedem provas ao TSE da idoneidade das urnas.

Provas que não têm e nem precisam para replicar que o ministro Alexandre Moraes foi preso e até festejam esta notícia, em um julgamento em que a cantora Lady Gaga, na verdade, é uma funcionária do Tribunal Penal Internacional, localizado em Haia. Ou até que o educador Paulo Freire em 1997 teria falecido há poucos dias.

Sobre tudo isso falou um dos maiores constitucionalistas do Brasil à CNN neste domingo, 6.

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto afirmou  ver os atos antidemocráticos organizados pelo país “quase que estupefato”.

“Numa democracia prevalece eleitoralmente a vontade da maioria do eleitorado.

E a maioria do eleitorado escolheu um candidato: Luiz Inácio Lula da Silva (PT)“. 

O ex-magistrado elogiou a condução das eleições por parte da Justiça Eleitoral e defendeu a utilização das urnas eletrônicas no pleito, classificando-as como “honra e glória do Brasil”.

“A democracia veio para ficar. Ela é a menina dos olhos da Constituição brasileira”.

A desconexão é tão grande que os manifestantes, que pedem intervenção das Forças Armadas, mas não querem GOLPE, acreditam fazer tudo isso em nome da Democracia.

Mas isso nem o professor Ayres Britto conseguia explicar. É para outra especialidade, que não o Direito…

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