Exoneração de cargos comissionados pode iniciar Reforma anunciada por Álvaro Dias há dois anos
O Decreto do Prefeito Álvaro Dias (PSDB) exonerando TODOS os cargos comissionados mexeu com o humor do natalense ainda em clima de recesso de início de ano.
A medida que reflete o momento político vivido por Dias de independência de quem o levou à Prefeitura como vice-prefeito em 2016.
Um “quem é quem” compulsório a partir de agora.
Quem de fato trabalha? Quem indicado e por quê, por quem? Passado, presente e futuro em CPFs e possíveis re-nomeações.
2021 de fato começando com prazo de validade até 2024.
No ato, há implicação administrativa também que pode apontar um divisor de águas com origem em fevereiro de 2019, quando a Fundação Dom Cabral concluiu consultoria contratada pela PMN com diagnóstico para reduzir a metade das 25 Secretarias da capital e 20% dos cargos comissionados.
Desde lá, o município contava com cerca de 800 cargos comissionados e a ideia era extinguir cerca de 160 deles.
Na época, o próprio prefeito declarou:
“Acredito que das secretarias que existem hoje deve permanecer algo em torno da metade. O restante será cortado ou incorporado a outras secretarias. Nos cargos comissionados serão cortados algo em torno de 30% dos que existe atualmente”.
“Nós temos excessos de funcionários. A Prefeitura tem 20 mil funcionários e funcionaria com 10 mil. Mas nisso a gente não pode mexer porque a Constituição não permite. Então o corte de gastos tem que ser feito de outras fontes para buscar o equilíbrio fiscal da Prefeitura”.
Dois anos depois, uma pandemia no meio do caminho, a oportunidade agora do trabalho da Fundação Dom Cabral sair do papel.
A expectativa de um novo quadro político e administrativo.
A Natal prometida e escolhida por 194.764 cidadãos, mais de 56% de seu eleitorado.
Há dois anos então ele disse que cortaria as secretarias pela metade. Em 1º de janeiro anunciou uma nova secretaria. Faz sentido?
A ausência de Carlos Eduardo na campanha de Álvaro Dias deixou todo o crédito da campanha para o próprio prefeito. Não há nada de anormal na exoneração de cargos. Anormal será se Álvaro Dias piorar o que já existe.
Muita notícia saiu, quando Álvaro Dias assumiu a prefeitura, que vários cargos possuem origens fortes seridoenses. Então, como é que a maioria dos cargos são de Carlos Eduardo? Sem contar que a indicação pode ter sido de Carlos Eduardo, mas se há competência, funciona, o crédito vai para o atual prefeito ou para o ex?