10 de maio de 2024
Nota

Fãs de Sandy & Lucas Lima buscam explicação para divórcio em … Tolstoi

É impressionate com a separação de casais famosos ganha repercussão na mídia até mesmo não especializada, como é caso deste Território Livre.

A curiosidade misturada com morbidez, na verdade, de novidade não tem nada.

De novo, a amplificação da internet com cores, imagens, sons, supostas pistas cravadas pelos próprios personagens.

Isso tudo só para chegar à separação do momento; do casal perfeição e queridinho da geração dos anos 80/90; Sandy & Lucas Lima.

Sem ter um terceiro elemento conhecido, o que teria determinado essa “catástrofe” no mundo dos ricos e famosos?

Culpa do russo Lieve Tolstoi.

A mídia regatou um post do músico Lucas Lima, comentando – dias antes do anúncio do divórcio – os  efeitos da leitura de A Morte de Ivan Ilitch, novela de Liev Tolstoi publicada em 1886.

“Que livro forte”, ele escreveu. Na conclusão, disse: “Deu uma chacoalhada legal do Lucão. Recomendo”.

Na segunda foto, ele sublinha, em amarelo, um trecho da obra.

Diz assim: “Talvez eu não tenha vivido como deveria”, ocorreu-lhe de repente. “Mas, como, se eu sempre fiz o que devia fazer?” O texto segue com “respondeu, imediatamente descartando essa hipótese (…)”

 

Quando escreveu esse livro, coincidentemente, Tolstoi estava casado havia 24 anos.

Ele tinha 58 anos e 13 filhos.

Na apresentação do volume Novelas Completas (Todavia, 2020), em que este texto também pode ser lido, o tradutor Rubens Figueiredo escreve, na apresentação, que naqueles anos em que Tolstoi trabalhou em A Morte de Ivan Ilitch(1882-1886), “o ambiente conjugal e familiar de Tolstoi já adquirira o caráter conflituoso que, com altos e baixos, iria perdurar até o fim de sua vida, em 1910″. Tolstoi chegou a pensar em sair de casa. Além da crise conjugal, o autor vivia uma crise intelectual, com questões acerca de experiências pessoais e sociais.

O enredo parece simples: é a história de Ivan Ilitch, um juiz de instrução que, depois de alcançar uma vida confortável, descobre que tem uma grave doença. A partir daí, passa a refletir sobre o sentido de sua existência.

DO TL 

O lado bom da fofoca com literatura? Não tem (rs). Existe, claro.

A democratização de um clássico, mesmo que em enredo pop tão discutível . E a conclusão que as mazelas de casais, amores, romances, finitude não são novidade do mundo … moderno.

Ah, que a possibilidade de traição e de um terceiro elemento é razoável em qualquer relação,  mas isso possivelmente não é causa, mas consequência de uma relação que já estava doente, partida, fendida, trincada…

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