1 de maio de 2024
PETRÓLEO

RN no Plano B da Petrobras

Jean-Paul Prates, Presidente da Petrobras

Petrobras busca plano B
para explorar novas áreas
da Margem Equatorial


Fábio Couto e Kariny Leal para o Valor Econômico em 29/09/2023


Com dificuldades no licenciamento para perfurar poços na Bacia da Foz do Amazonas, companhia foca o RN

A dificuldade para perfurar poços de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, na Mar em Equatorial, levou a Petrobras a buscar um plano B com foco em áreas do Nordeste.

Documento obtido pelo Valor mostra que a companhia pediu ao Ibama para priorizar o licenciamento de dois blocos na bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, onde a empresa já produz pe- tróleo, mas quer ampliar presença nessa parte da Margem Equatorial.

A região é apontada como a mais promissora desde a descoberta do pré-sal, há 15 anos. O presidente da companhia estatal, Jean Paul Prates, disse ontem que a palavra final é do Ibama: “Quem define a prioridade entre as bacias é o órgão ambiental.” A petroleira prevê, em seu plano estratégico 2023/27, investimentos de US$ 6 bilhões para campanhas exploratórias, dos quais cerca de US$ 3 bilhões na Margem Equatorial.

A área, considerada essencial para a reposição das reservas de petróleo da Petrobras e para manter o atual nível de atividade da indústria de óleo e gás no país, é formada por cinco bacias sedimentares: Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.

No documento ao Ibama, a Petrobras diz
que a negativa à licença na Foz do Amazonas levou a empresa a solicitar licenciamento para perfurar dois blocos na Bacia Potiguar, enquanto aguarda análise do pedido de reconsideração.

A busca por um plano B resulta de um impasse que opôs o Ministério de Minas e Energia (MME), favo-
rável à atividade na região, e o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama, que apresentaram restrições à exploração na área.

O governo tem tentado destravar o licenciamento de áreas de exploração que pertencem à Petrobras nas cinco bacias da Margem Equatorial, e não só na Foz do Amazonas. As negociações têm sido conduzidas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, e envolvem o MME, Ministério do Meio Ambiente, Ibama e Petrobras.

As tratativas se intensificaram em reuniões na última semana. Em uma delas foi assegurado que a companhia cumpriria todas as condicionantes do Ibama. A campanha exploratória da petroleira também prevê perfuração de poços na Bacia de Barreirinhas, no Maranhão.

Enquanto  isso, a vizinha Guiana já produz 1 milhão de barris por dia na região.

 

 

 

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