3 de maio de 2024
ENERGIA EÓLICANotaOpinião

Fátima vê caminho livre para a energia renovável

A governadora Fátima Bezerra não escondeu sua satisfação com o resultado do primeiro leilão do ano, de linhas de transmissão de energia, destacando os pontos positivos para o Rio Grande do Norte.

Compartilhou os bons resultados com o Consórcio Nordeste, que ela preside, destacando os resultados positivos alcançados para o RN e para o Nordeste.

Para a Governadora não é que tenha havido mais agressividades, mas a existência de uma consciência de que o sistema de transmissão é contínuo, e precisa se antecipar a outros investimentos.

A rede de distribuição de energia desempenha um papel crucial na transição de fontes de energia de origem fóssil, para energias limpas e renováveis, como o Brasil e o mundo estão exigindo neste momento.

Além de indispensável, a existência de uma rede eficiente é também de grande importância para a economicidade de todo o sistema, a partir de sua contribuição para a redução dos custos operacionais.

IMPORTÂNCIA DA REDE

Tais fontes de energia renovável, como solar e eólica, são intermitentes. Ou seja, dependem das condições climáticas. A rede de distribuição desempenha um papel importante na integração dessas fontes variáveis, distribuindo a energia gerada para onde é necessária, e equilibrando a oferta e demanda em tempo real.

Uma rede de distribuição eficiente pode reduzir as perdas de energia durante a transmissão e distribuição, garantindo que mais energia limpa gerada seja entregue aos consumidores finais.

A transição para fontes de energia limpa muitas vezes envolve a geração distribuída, como painéis solares em telhados, ou turbinas eólicas em áreas urbanas. A rede de distribuição desempenha um papel fundamental na integração dessas pequenas unidades de geração, na infraestrutura energética mais ampla.

Uma rede de distribuição, moderna e inteligente, pode ser mais flexível e resiliente, permitindo a adaptação à mudança, na demanda e na oferta de energia. Isso é especialmente importante com o aumento da variabilidade introduzida por fontes renováveis.

A rede de distribuição desempenha um papel crucial na transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável, como o mundo exige, garantindo a integração suave e eficiente de fontes energéticas renováveis na infraestrutura global.

GARGALO VENCIDO

O primeiro leilão de linhas de transmissão, realizado, semana passada, mostrou que a preocupação com este gargalo para atender aos parques de geração de energia, diminuiu muito a sua ênfase.

Os 15 lotes ofertados, que somam 6.464 quilômetros de extensão, e investimento da ordem de R$ 18,2 bilhões, foram todos vendidos com a presença dos maiores grupos que atuam no setor

Existe um Fórum de Transição Energética, que está na base das tomadas de posição do Brasil em relação a energia. A rede de distribuição de energia desempenha um papel crucial na transição de fontes de energia, de origem fóssil para energias limpas e renováveis, como o Brasil está fazendo.

O programa foi estruturado em três grandes fases. A primeira delas, denominada divergência, teve o objetivo de mapear as principais tendências e incertezas críticas através de uma série de eventos virtuais, em debates com especialistas, público e partes interessadas. Em seguida, na fase convergência foram realizados diálogos com empresas do setor de energia para, a partir de insumos da primeira fase, priorizar as incertezas críticas, definir balizadores e construir narrativas de três diferentes cenários, parab garantir, a neutralidade liquida de carbono no Brasil. A terceira e última fase foi o desenvolvimento da quantificação dos cenários com base na metodologia já adotada.

QUESTÃO MUNDIAL

A corrida para o acesso ao mercado de carbono e para a redução das emissões de gases que contribuem para o efeito estufa, começa a se concretizar e os países serão cobrados por respostas, principalmente, depois da manifestação da Rússia em aderir ao Protocolo de Kyoto.

O Brasil tem urgência em produzir conhecimento científico sobre as emissões de gases, não só para se beneficiar com o mercado de carbono e oportunidades em agronegócios, mas também para se precaver de futuras restrições.

De acordo com estudos científicos, o uso intensivo dos solos, principalmente se mal manejados, a queima de resíduos agrícolas, a criação de ruminantes em grandes rebanhos, o cultivo de arroz em campos inundados são exemplos de atividades agrícolas que contribuem para as emissões de gases de efeito estufa (GEE).

Entretanto, essas emissões podem ser mitigadas por meio da absorção parcial ou estoque em comunidades vegetais, solos e em sistemas agrícolas como observado em pesquisas feitas em diversos biomas brasileiros como o Cerrado, Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal Mato-grossense e zona de clima temperado no Sul.

Governos de todo o mundo tem de implantar, de forma generalizada, tecnologias de remoção de carbono já estabelecidas, e também as futuras para atingir a meta de zero líquido até meados do século. Também será preciso redobrar esforços nas próximas décadas para trazer o CO2 atmosférico, de volta a níveis seguros para o clima.

A inovação leva tempo. Aumentar escalas leva tempo e, se não começarmos a construir essas usinas agora e desenvolver planos de políticas de acordo, não chegaremos lá. E isto contraria um consenso mundial.

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