Ficha suja: Brasil teve 96 prefeitos cassados desde a eleição de 2022; 4 no Rio Grande do Norte
A sete meses das eleições municipais, pelo menos 96 prefeitos eleitos em 2020 perderam seus mandatos, o equivalente a dois chefes de Executivo por mês desde que assumiram seus postos.
O cumprimento da Lei da Ficha Limpa figura como o principal motivo para a cassação, seguido pela compra de votos e o abuso de poder econômico e político. O estado com o maior número de trocas é São Paulo.
Já os partidos que mais perderam municípios foram o MDB e o PSDB. Para especialistas, apesar da morosidade da Justiça e os muitos recursos apresentados pelas defesas dos políticos, o número de cassações é considerado expressivo.
Os municípios consideradas pequenos, com até 50 mil habitantes — de acordo com a classificação do IBGE —, lideram o ranking da dança das cadeiras.
No total, 38 cidades com populações entre 10 mil e 50 mil habitantes tiveram mudanças na prefeitura; seguidas pelas de 5 mil a 10 mil, com 29 cassados, e as de até 5 mil moradores, 16.
NO RIO GRANDE DO NORTE FORAM 4
Pedro Velho, Felipe Guerra, Canguaretama e Ipanguaçu. Mas esse número já foi bem maior no período de 2016-2020quando esse número chegou a 16 prefeitos afastados pela Justiça Eleitoral.
No último domingo, 3, Pedro Velho, cidade no interior do Rio Grande do Norte com pouco menos que 14 mil habitantes elegeu o empresário Júnior Balada (União Brasil) para um mandato-tampão de prefeito, até dezembro.
Essa foi a terceira eleição para a prefeitura do município desde 2020.
Fonte: O Globo e TSE