8 de maio de 2024
INDUSTRIA

FIERN pesquisa impacto da crise da Segurança no RN e confirma perda de até 40% do faturamento

 

Tamanho dos ataques para quem produz

A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) divulgou nesta quarta-feira, 29, uma pesquisa desenvolvida pelo Observatório da Indústria MAIS RN.

Um termômetro para saber o tamanho do impacto da crise na segurança pública  para a indústria potiguar.

A pesquisa quantitativa foi feita com 266 indústrias, representando mais de 30 segmentos nas quatro regiões do estado, mostra os principais efeitos da crise para as empresas industriais potiguares, como a perda estimada em até 40% de faturamento durante os dias mais críticos da crise. 

O estudo contou com dois levantamentos — o primeiro realizado no dia 17 de março, durante o período mais crítico da crise, e o segundo realizado nessa terça-feira (28).

A pesquisa destaca que 48% das indústrias entrevistadas já voltaram às rotinas anteriores à crise na segurança e 52% acreditam no retorno completo à normalidade a partir da próxima semana. 

No ápice da crise, o estudo constatou que entre os maiores problemas enfrentados estavam: a logística (distribuição e recebimento de fornecedores); o estresse verificado nos trabalhadores; e a falta de funcionários que não conseguiam chegar ao trabalho por falta de transporte público.

Todos esses problemas impactaram diretamente na produção, visto que 27% das indústrias entrevistadas precisaram interromper turnos de trabalho ou mesmo parar completamente a produção (21%) por, pelo menos, um dia. 

REALIDADE DE HOJE 

Hoje já se pode observar um cenário diferente.

Dos onze problemas listados pelas indústrias no dia 17 de março, apenas seis permanecem sendo observados.

Continua o desafio logístico (21%) e de transporte público (23%), mas ambos em menor intensidade. A questão do transporte público gera, em consequência, redução de turnos (17%). 

QUEDA DE FATURAMENTO

Os entrevistados estimaram de 17% até 40% de perda de faturamento, conforme porte da empresa (micro, média ou grande) e ramo de atuação (CNAE principal).

Considerando os dados do Boletim Fiscal da Secretaria de Tributação (SET), que apontam, em média, uma movimentação diária da indústria potiguar de R$ 63,1 milhões (Valor Médio Diário das Operações/NF-e) no mês de março, e as estimativas dos entrevistados, é possível que, nos piores dias da crise na segurança, as perdas tenham sido entre R$ 10,7 milhões e R$ 25 milhões por dia.

Vale a registar que a confirmação real das perdas só ocorrerá com fechamento dos caixas das empresas até o dia 15 de abril de 2023 e publicação oficial da Secretaria de Tributação. 

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