4 de maio de 2024
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GENERAL DE FORA

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A caserna ensina que o bom militar não recusa missão confiada.

Só este princípio para explicar a permanência do General Eduardo Pazuello à frente do Ministério da Saúde.

Na pasta de difícil condução, o desafio foi  multiplicado pela pandemia e rotatividade de titulares.

Seu robusto currículo, enriquecido fora dos quartéis, está mais eclético.

De responsável pela segurança das Olimpiadas-Rio,  coordenador da acolhida dos  venezuelanos que invadiram Roraima, passando pelo cargo de secretário estadual de finanças.

Foi humilde na chegada para ser o número 2 do flash Nelson Treich.

Disse que cumpriria ordens do civil.

E ao ser desmentido pelo medular presidente:

Manda quem pode. Obedece quem tem juízo.

Quis o destino e o subalterno capitão que, de interino, virasse centro-avante titular.

Sobreviveu à primeira onda da contaminação sem reclamações de prefeitos e governadores quanto à distribuição dos recursos.

Homem de palavras diretas, sem falar pelas  entrelinhas no linguajar dos políticos espertos, não consegue ser entendido pela grande mídia.

Quando propôs contar os mortos pelo dia da ocorrência e não, pelo da confirmação burocrática dos casos, teve  a iniciativa torpedeada pela imprensa e proibida pelo STF.

A explicação que os testes sorológicos estavam para vencer mas poderiam ter a validade prorrogada e que a distribuição é sob demanda, a pedido dos estados e municípios, não foi levado em consideração.

Incompetência, passou a ser o seu nome.

É vítima de prejulgamentos que passam despercebidos.

Voltou o tempo de se pensar que somente médicos podem assumir o posto, como o coroamento de uma carreira, reservada para professores-doutores e renomados cirurgiões.

Foi esquecido até o costume de se chamar as forças armadas para atuarem nas catástrofes.

Das enchentes à violência urbana desenfreada.

Desde Monte Castello, nossos soldados ficariam pela primeira vez, fora de uma guerra.

No ranking de julgamento das redes sociais, ocupa a primeira  colocação absoluta  em listas de rejeição.

Por unanimidade, foi aclamado, liminarmente, o pior de todos os ministros desde a criação do Ministério de Negócios da Educação e Saúde Pública, em 1930, pela ditadura Vargas.

O inferno astral midiático do General não teve começo e parece não ter fim. Nem trégua.

Até quando esteve hospitalizado para tratamento da COVID-19, foi criticado.

Por alguns itens da prescrição dos seus médicos assistentes.

Nem ao usar figura de linguagem, permitem que seja entendido.

Quando disse, se as aglomerações na campanha política não aumentaram a contaminação, então não se pode mais falar em lockdown, foi que  o linchamento aumentou.

O nome disso é ironia.

O resto, é preconceito contra milico.

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One thought on “GENERAL DE FORA

  • Célia Santos

    A 90% dos brasileiros só sabem criticarem, os 10 % que restam, se fizerem uma crítica construtiva ou elogios, serão malhados.
    Entre os 90% estão os políticos que se aproveitam até de uma pandemia para surrupiarem e desviarem verbas que são destinados para suprirem todas necessidades e amenizarem as deficiências(nesse caso da saúde pública), nos estados e municípios.
    Não haverá governo federal e ministros que agradem esses 90% de ambiciosos, de caráter duvidosos e etc.

    Resposta

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