7 de maio de 2024
Nota

Invasões do MST despencam a um caso após instalação de CPI

E, por favor, ninguém diga que CPI não serve para nada. Quem informa é a jornalista Malu Gaspar do Globo; as invasões do MST caíram a apenas um caso desde que a a Câmara dos Deputados abriu uma Comissão para tratar do assunto.

Apenas uma invasão ocorreu desde o início dos trabalhos do colegiado, controlado por parlamentares da oposição. Entre janeiro e maio deste ano, foram registradas 56 ocupações.

Os números fazem parte de um levantamento da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária no Brasil (CNA), que monitora regularmente as ocupações de movimentos sociais em propriedades rurais.

A única invasão ocorrida após a instalação da CPI foi em uma fazenda produtiva em Santa Cruz do Rio Pardo (SP), a 350 quilômetros da capital paulista, há exatamente um mês.

O objetivo da CPI, segundo seu requerimento original, é investigar o “real propósito” da atuação do movimento, bem como seus possíveis financiadores. Deputados da bancada ruralista mobilizaram assinaturas suficientes sob o discurso de que o Palácio do Planalto e governos estaduais do PT fizeram pouco caso das invasões.

Para o presidente da comissão de assuntos fundiários da CNA, Marcelo Bertoni, a comissão teve um papel no freio às invasões, mas ele aponta que uma reunião da confederação junto aos secretários estaduais de segurança também foi decisiva para conter o avanço do movimento. O encontro, que ocorreu na sede da entidade, em Brasília, no final de março, discutiu a adoção de um modelo padrão de resposta às ocupações em todo o território nacional.

PALAVRA DO GOVERNO 

Já o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, rebate a tese de que a instalação da CPI garantiu a redução das invasões. O ministro atribui a ofensiva do MST à mobilização do abril vermelho e alega que um acordo com o movimento, firmado antes da criação da comissão, levou à queda das ocupações.

“O mês de abril foi o mês das manifestações. Ali, pedimos para que as demandas fossem encaminhadas e que essa seria a melhor forma de tratá-las. O acordo foi anterior (à instalação da CPI). O governo deu o recado antes da CPI”, afirmou o ministro à equipe do blog.

Procurado pela reportagem, o MST não se manifestou.

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