28 de abril de 2024
Coronavírus

Ivermectina é fenômeno nacional de vendas e cresce 466% na pandemia

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Deu na Folha 

A venda de ivermectina no mercado farmacêutico explodiu na pandemia e cresceu 466% no acumulado de 2020 até novembro, na comparação com o mesmo período de 2019.

O dado é da IQVIA, uma das maiores consultorias de informações sobre saúde, e foi obtido pela coluna por indústrias do setor.

Sem eficácia comprovada por autoridades sanitárias para a prevenção de coronavírus, o antiparasitário é defendido por Jair Bolsonaro, que sugeriu o uso diversas vezes à população.

Em 2020, a indústria comercializou 42,3 milhões de caixas do remédio, com pico em julho, que somou mais de 12 milhões. O medicamento integra o apelidado kit Covid, conjunto de produtos sem comprovação científica contra a doença, que inclui hidroxicloroquina e azitromicina.

 A ivermectina foi liberada da retenção de receita em farmácia em setembro. O medicamento é usado por algumas pessoas numa lógica semelhante ao de outros vermífugos: sem sintomas, elas tomam de modo preventivo contra uma eventual contaminação. Muitos ingerem de 15 em 15 dias.
A indicação oficial é para tratamentos de piolho, sarna e infecções e problemas derivados de vermes.

Uma caixa do medicamento genérico com quatro comprimidos custa de R$ 17 a R$ 22, de acordo com consulta em drogarias realizada nesta quinta.

TL CONTA MAIS 

Natal é uma das capitais que adota em seu protocolo de enfrentamento ao Coronavirus o medicamento. Com direito à defesa de médicos do Comitê Científico e do próprio prefeito Álvaro Dias, um de seus maiores entusiastas.

Dias, aliás, que nunca foi acometido pelo virus, toma o medicamento de forma preventiva e tem reconhecida exposição em locais de alto contágio, como hospitais, UPAs e centros de atendimento Covid-19.

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