Janja quer mostrar – e valorizar – moda brasileira para o mundo
Do Valor
No primeiro dia deste ano, a moda brasileira subiu a rampa do Palácio do Planalto e as escadarias do Itamaraty, em Brasília.
Nas roupas usadas pela primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, seja na posse, na recepção para as delegações estrangeiras e mesmo em eventos anteriores, como seu casamento e a entrevista para o “Fantástico”, todas as marcas eram brasileiras. Como se a ideia fosse fazer da moda nacional uma vitrine para o mundo.
Janja chegou a Helô Rocha, que desenhou seu vestido de noiva e o terno de seda dourada da posse, por intermédio da família de Gilberto Gil.
Apesar de ter nascido em Porto Alegre, Rocha não se considera gaúcha.
“Minha identidade é nordestina, minha família vem do Sertão do Seridó (RN) e cresci vendo o trabalho das bordadeiras de Timbaúba dos Batistas. A cidade vive disso e eu faço esse trabalho colaborativo, de resgate da cultura delas. Os bordados chegaram com os colonizadores, eram parecidos com os da Ilha da Madeira, mas ganharam a cara delas”.
Houve uma sintonia entre Janja e as bordadeiras, conta Rocha: “Ela queria que as roupas fossem feitas por mulheres, de comunidades e bem remuneradas. No início, também, me disse que queria vestir jovens estilistas brasileiros e pediu ajuda para chegar a novos talentos”.
DO TL
Para quem não sabe, Helô é neta do ex-governador do Rio Grande do Norte, Radir Pereira e de Dona Alda Ramalho Pereira, de Currais Novos, pais de sua mãe Aldanisa.
Pelo lado paterno, a família Rocha. Seu avô Nelson, irmão de Nevaldo Rocha, fundador do Grupo Riachuelo/Guararapes.
A primeira grife de Helô se chamava Têca, em homenagem a avó paterna, Terezinha Oliveira, também potiguar.