Jantar de primeiro mundo
A inflação dos alimentos nem sempre concorda com as estatísticas oficiais. Mesmo preços sob controle não conseguem esconder a sensação que nas gôndolas dos supermercados, a Economia é outra.
Na Europa não tem sido diferente.
Para os brasileiros, o consolo que uma sopinha substituindo o jantar pode ficar mais em conta e nutritiva que uma tijela de cereais.
CEO da Kellogg promove cereais no jantar para economizar dinheiro
Ir “onde o povo está”, promovendo cereais como jantar, é a última ideia do CEO da Kellogg’s.
Para o inferno com a nutrição e viva a inflação!
Uma memória depressiva para outros, a tigela de cereal no jantar não é desconhecida dos americanos ou dos franceses. Como a inflação está a corroer as carteiras, esta é mesmo uma prática que tende a desenvolver-se. Todos concordam: é econômico, mas não é nada nutritivo.
Obviamente, a empresa americana utiliza apenas o primeiro ponto para anunciar. Já em 2022, o diretor de marketing da Kellogg’s elogiava os méritos desta “opção de baixo preparo e barata, para passar menos tempo cozinhando e mais tempo com quem se ama” .
No dia 21 de fevereiro, foi Gary Pilnick, patrão da Kellogg’s, quem trouxe para casa: “Se você pensar no preço do cereal para uma família, comparado com o que mais ela poderia comer, é bom, mais acessível […] O preço de uma tigela de cereal com leite e frutas custa menos de um dólar .
Nas redes, essa promoção nem um pouco escondida causou muita discussão.
Alguns internautas estão pedindo um boicote. Para manter os mesmos preços sem cair na espiral descendente do açúcar, algumas associações recomendam recorrer às massas.
Fonte: FranceSoir, em 29/02/2024
