Em clima de guerra, Antônio Rueda deve ser eleito hoje novo presidente do União Brasil
A disputa pelo comando do União Brasil tem produzido cenas surreais nos bastidores do partido.
Além de ameaças de morte, o entrevero entre Luciano Bivar e Antonio Rueda é marcado por acusações de corrupção e uma possível divulgação de esquemas existentes na cúpula partidária.
Desesperado com a iminente perda de poder — Rueda deve ser eleito presidente nesta quinta, em votação interna da sigla –, Bivar saiu telefonando para jornalistas e convocando repórteres para uma coletiva que seria realizada por volta de 14h.
O cacique pegou um envelope, escreveu “denúncias” na parte da frente, e foi para o tudo ou nada com os ex-aliados.
Na hora de falar, no entanto, segundo integrantes do partido, ele acabou refugando porque foi aconselhado por advogados a não incendiar a própria casa.
Fontes do grupo de Rueda consideram que Bivar já é ex-presidente.
Na votação desta quinta, o placar deve ser de 32 votos a 9 pela eleição de Rueda como presidente e ACM Neto de vice. Para ser declarada vencedora, a chapa de Rueda precisaria de 70% dos votos do colegiado, ou seja, 29 apoiadores. Nas contas do grupo,portanto, ele tem três votos além do necessário.
DO TL
Para relembrar, o União Brasil é um dos grandes partidos do Congresso Nacional, com 59 representantes na Câmara Federal.
Surgiu da junção do PSL (antigo partido de Jair Bolsonaro) e o DEM, ex-PFL.
A alternância de comando estava prevista desde o nascedouro da legenda, mas o pernambucano Bivar resistia.
Bivar e Rueda tinham relação de pai e filho, segundo relata o próprio deputado pernambucano.
O Rio Grande do Norte tem dois deputados federais eleitos pela legenda; Benes Leocádio e Paulinho Freire, mas o comando é do ex-senador José Agripino Maia, que faz parte do grupo de Rueda e o futuro vice, ACM Neto.
Maia não estará na eleição hoje em Brasília porque está fora do Brasil em viagem particular, mas antes disso participou das costuras pró-Rueda.
Fonte: Veja e o Globo